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Em sessão marcada pela cautela internacional e expectativas em relação a medidas econômicas, o dólar encerrou o pregão desta terça-feira (1º) em baixa de 0,44%, cotado a R$ 5,68. Já o Ibovespa, principal índice da B3, contrariou o clima de apreensão externa e registrou alta de 0,85%, fechando aos 131.365 pontos.
Os mercados operaram atentos à proximidade do dia 2 de abril, apelidado de “Dia da Libertação” pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A data marca a entrada em vigor das tarifas recíprocas impostas pelo governo americano a diversos países, incluindo o Brasil.
No cenário internacional, investidores também digeriram a divulgação do relatório JOLTS (Job Openings and Labor Turnover Survey) nos Estados Unidos. Os dados de fevereiro mostraram uma leve queda no número de vagas de emprego, para 7,6 milhões (ante 7,8 milhões em janeiro). Por outro lado, o volume de contratações permaneceu estável em 5,4 milhões, e as demissões apresentaram uma pequena retração, para 3,2 milhões.
No âmbito doméstico, o dia foi positivo para o mercado acionário, impulsionado pela aprovação da Lei da Reciprocidade Econômica pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. A medida representa uma resposta do Legislativo brasileiro às tarifas impostas por Trump, que já atingiram setores importantes da economia nacional, como o aço e o alumínio, taxados em 25%. O Brasil tem sido frequentemente citado pela Casa Branca como um dos países que impõem significativas barreiras à entrada de produtos americanos.
A aprovação da lei no Senado sinaliza uma possível retaliação comercial do Brasil caso as tarifas americanas causem impactos negativos significativos na balança comercial e na indústria nacional. A expectativa é que a medida fortaleça a posição do Brasil em futuras negociações com os Estados Unidos.
Apesar do avanço do Ibovespa, o clima geral nos mercados internacionais permanece de cautela, com investidores aguardando os desdobramentos do “Dia da Libertação” de Trump e avaliando os próximos passos da política comercial global. A divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos nos próximos dias também deve influenciar o comportamento dos mercados.
