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A produção industrial brasileira registrou uma leve queda de 0,1% em fevereiro na comparação com janeiro, marcando o quinto mês consecutivo sem crescimento. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta quarta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do recuo, o setor acumula alta de 1,4% no ano e avanço de 2,6% nos últimos 12 meses. Ainda assim, a produção industrial segue 15,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em maio de 2011, e apenas 1,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).
Segundo André Macedo, gerente da pesquisa, o desempenho negativo da indústria em fevereiro reforça um cenário de menor dinamismo no setor. “Essa perda de ritmo tem relação com a redução dos níveis de confiança das famílias e dos empresários, influenciada pelo aperto da política monetária, a depreciação cambial e a alta da inflação, especialmente de alimentos”, explicou.
Setores em queda e avanços pontuais
Das quatro grandes categorias econômicas, duas registraram retração em fevereiro: bens de consumo duráveis (-3,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%). No sentido oposto, bens de capital (0,8%) e bens intermediários (0,8%) tiveram desempenho positivo no período.
Entre os 25 segmentos industriais analisados, 14 apresentaram queda na produção, com destaque negativo para:
- Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,3%)
- Produtos de madeira (-8,6%)
- Produtos diversos (-5,9%)
- Máquinas e equipamentos (-2,7%)
- Veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,7%)
- Móveis (-2,1%)
Por outro lado, 11 segmentos tiveram crescimento, com destaque para:
- Indústrias extrativas (2,7%)
- Produtos alimentícios (1,7%)
- Produtos químicos (2,1%)
- Celulose, papel e produtos de papel (1,8%)
- Outros equipamentos de transporte (2,2%)
Comparativo anual indica avanço modesto
Na comparação com fevereiro de 2024, a indústria registrou alta de 1,5%, impulsionada por três das quatro grandes categorias econômicas e por avanços em 15 dos 25 ramos industriais analisados. As maiores influências positivas vieram de:
- Veículos automotores, reboques e carrocerias (13,3%)
- Máquinas e equipamentos (11,9%)
- Produtos químicos (5%)
- Produtos têxteis (11,7%)
- Móveis (11,6%)
Por outro lado, entre os segmentos que registraram retração, os destaques negativos foram:
- Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,3%)
- Indústrias extrativas (-3,2%)
- Bebidas (-6,6%)
- Celulose, papel e produtos de papel (-5,4%)
- Produtos de madeira (-10,4%)
O IBGE destaca que fevereiro de 2025 teve um dia útil a mais do que o mesmo mês de 2024, fator que pode ter influenciado o desempenho da indústria na comparação anual.
