Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A projeção dos analistas de mercado para a inflação de 2025 apresentou uma ligeira revisão para baixo, enquanto a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no mesmo ano manteve a trajetória de alta. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Relatório Focus do Banco Central (BC), pesquisa semanal realizada com economistas.
A mediana para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 recuou de 5,51% para 5,50%, marcando a quinta queda consecutiva. Apesar da redução, a projeção ainda se encontra 1,0 ponto percentual acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 4,50%. Ao considerar apenas as 63 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana também apresentou queda, passando de 5,50% para 5,47%.
Para 2026, a projeção para o IPCA se manteve estável em 4,50%, exatamente no limite superior da meta. Essa estabilidade se repete ao analisar as 62 estimativas mais recentes. O Banco Central, em seu comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, projeta um IPCA de 4,8% para 2025 e de 3,6% para 2026, sendo este último o horizonte relevante para as decisões do colegiado.
Na sua última reunião, o Copom elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, atingindo 14,75% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006. Desde o início do ciclo de aperto monetário em setembro, a taxa básica de juros já acumula uma alta de 4,25 pontos percentuais.
Em relação ao crescimento econômico, a mediana do Relatório Focus para o PIB de 2025 avançou de 2,0% para 2,02%, após três semanas de estabilidade. Ao considerar as 36 projeções mais recentes, a estimativa passou de 2,01% para 2,0%. O Copom, em sua última ata, sinalizou que a taxa de juros “significativamente contracionista” tem contribuído para moderar a atividade econômica, tendência que deve se intensificar nos próximos trimestres. A projeção do BC para o PIB de 2025 é de 1,9%.
As estimativas para os anos seguintes apresentaram poucas alterações. A mediana para o PIB de 2026 permaneceu em 1,70% pela quarta semana consecutiva, enquanto as projeções para 2027 e 2028 se mantiveram em 2,0%.
Dólar e Selic:
A projeção para a cotação do dólar no final de 2025 registrou uma leve queda pela terceira semana seguida, passando de R$ 5,85 para R$ 5,82. As expectativas para os anos seguintes apresentaram variações modestas.
Quanto à taxa Selic, a mediana para o final de 2025 permaneceu em 14,75% pela terceira semana consecutiva, patamar em vigor desde o último aumento do Copom. A pesquisa também aponta para uma expectativa de Selic em 12,50% para o final de 2026, com uma leve queda para 12,25% ao considerar as projeções mais recentes, indicando um possível espaço para afrouxamento monetário no próximo ano. As projeções para 2027 e 2028 se mantiveram em 10,50% e 10,0%, respectivamente.
Na ata da última reunião, o Copom reforçou que a taxa básica de juros se encontra em nível “significativamente contracionista” e que a cautela e a flexibilidade serão importantes nas próximas decisões de política monetária, diante da elevada incerteza e dos impactos acumulados do ciclo de aperto.
