Ferrogrão
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que há uma utilização de ‘inocentes úteis’ para barrar a construção da Ferrogrão – um projeto que prevê a ligação ferroviária do Médio-Norte de Mato Grosso ao Porto de Miritituba (PA).
“A questão da Ferrogrão não tem nada a ver com o meio ambiente. Isso é uma cortina de fumaça. A grande questão da ferrovia é que ela será o maior regulador de tarifa do Brasil. Aqueles que vão competir com a Ferrogrão não querem isso”, afirma Tarcísio sem nominar as empresas “que não querem”.
“É muito fácil usar o discurso ambiental contra uma ferrovia. O que é um absoluto contrassenso. Como é que uma ferrovia não é um negócio sustentável? Só no Brasil”, ironizou o ministro da Infraestrutura. “Há uma utilização de inocentes úteis para barrar o projeto de uma ferrovia que vai ser transformadora para a nossa logística”, complementou Freitas.
Com 933 quilômetros de expansão, a ferrovia vai custar R$ 21,5 bilhões, pelas contas do governo federal. Desse total, R$ 8,4 bilhões seriam gastos para colocar a linha férrea em operação, o que está previsto para ocorrer em 2030.
O governo pretende leiloar o projeto ainda em 2021, mas antes precisa do aval do Tribunal de Contas da União (TCU)e de derrubar liminar no Superior Tribunal Federal (STF) que suspendeu mudanças nos limites da Floresta Nacional do Jamanxim para a passagem da ferrovia.
