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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira, 29, em Brasília, uma doação de até 150 milhões de coroas dinamarquesas (aproximadamente R$ 127 milhões) do Reino da Dinamarca ao Fundo Amazônia.
O anúncio foi feito durante uma reunião no hotel Manhattan Plaza, que contou com a participação de representantes do governo brasileiro, da Embaixada Real da Dinamarca e de países parceiros.
O evento teve a presença de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, que participou por videoconferência, além da diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e do secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco. Também estiveram presentes os vice-chefes de missão de várias embaixadas, como Leif Kokholm, da Dinamarca, e os embaixadores da Noruega, Reino Unido, Suíça, Japão, além de representantes da Alemanha e dos Estados Unidos.
Leif Kokholm destacou a importância da parceria entre Brasil e Dinamarca, lembrando sua recente viagem à Amazônia com a rainha Mary, da Dinamarca, e mencionando que, no ano seguinte, o Brasil sediará a COP 30 em Belém, enquanto a Dinamarca assumirá a presidência da União Europeia, o que representa uma oportunidade para estreitar ainda mais a colaboração entre os países e seus parceiros. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, comemorou a formalização do contrato com o governo dinamarquês, destacando que essa parceria permitirá avançar nas ações de combate ao desmatamento e de mudança climática. Mercadante também afirmou que o Fundo Amazônia, criado em 2008, já recebeu cerca de R$ 4,5 bilhões em doações, sendo a Noruega a maior doadora, com cerca de R$ 3,5 bilhões.
Além da Noruega, outros países também contribuíram com o fundo, como Alemanha (R$ 388 milhões), Estados Unidos (R$ 291 milhões), Reino Unido (R$ 284 milhões), Suíça (R$ 28 milhões), Japão (R$ 15 milhões) e a Petrobras, com R$ 17 milhões.
O Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, tem como objetivo financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento, além de promover a conservação e o uso sustentável da Amazônia Legal. Desde sua criação, o fundo já beneficiou 652 organizações da sociedade civil e apoiou 114 projetos, com um total de R$ 2,5 bilhões em recursos liberados, impactando positivamente mais de 239 mil pessoas e garantindo o manejo sustentável de 76 milhões de hectares de floresta.