Em acordo com a ditadura de Nicolás Maduro, a Justiça venezuelana, confiscou a sede do jornal “El Nacional” como parte da indenização por dano moral decidida pelo TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) por uma ação movida pelo segundo principal líder do chavismo, Diosdado Cabello.
O gerente geral do jornal venezuelano, Jorge Makriniotis, classificou como um “ataque à democracia” o embargo da sede da publicação.
Neste sábado (15), o diário El Nacional, anunciou que “não desaparecerá” e continuará a informar os venezuelanos.
O embargo teve lugar na sequência de uma sentença que obrigava o jornal a pagar 13,3 milhões de dólares (11 milhões de euros) por “danos morais” ao ex-presidente da extinta Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, tido como o segundo homem mais forte do chavismo.
“Apesar dos desejos do ex-presidente da Assembleia Constituinte, o El Nacional continuará a cumprir o seu dever de informar os venezuelanos através de todos os mecanismos que estiverem ao seu alcance”, explica o editorial com o título “Não vamos a desaparecer”.
O diário diz que o valor a pagar por um delito que não cometeu “é absurdo” e descreve cronologicamente os acontecimentos e diz que a sentença tem sido questionada por individualidades e organismos nacionais e internacionais.
“Todo o poder com vocação totalitária se baseia na prática e na projeção do terror. Para se manter, a ditadura desenvolve práticas cujo objetivo é gerar, entre os cidadãos, um estado de medo permanente e intenso”, explica.
O El Nacional prossegue afirmando que “se criam organismos ou pervertem os existentes, para que persigam, detenham, torturem e assassinem os que se lhe opõem”.