A China e os Estados Unidos podem acabar em um conflito militar se os Estados Unidos encorajarem a independência de Taiwan, disse o embaixador de Pequim em Washington Qin Gang.
“Deixe-me enfatizar isso. A questão de Taiwan é o maior barril de pólvora entre a China e os Estados Unidos”, disse Qin à mídia norte-americana National Public Radio em entrevista transmitida nesta sexta-feira (28).
“Se as autoridades taiwanesas, encorajadas pelos Estados Unidos, continuarem no caminho da independência, provavelmente [envolverá] a China e os Estados Unidos, os dois grandes países, em um conflito militar”, acrescentou.
Não houve comentários das autoridades americanas. A entrevista foi ao ar poucas horas depois que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, discutiram a crise na Ucrânia.
A China reivindica Taiwan democraticamente governada como seu próprio território e aumentou a pressão nos últimos dois anos para afirmar suas reivindicações de soberania.
No entanto, embora as autoridades chinesas tenham alertado sobre a ação militar sobre Taiwan, é incomum que eles a vinculem diretamente aos EUA.
As tensões também aumentaram nos últimos meses, quando os militares da China realizaram repetidas missões aéreas sobre o Estreito de Taiwan, a via navegável que separa a ilha da China.
Embora os EUA não tenham laços oficiais com Taiwan, são seu principal patrocinador e fornecedor de armas.
O presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Mark Milley, disse ao Congresso no ano passado que a China quer a capacidade de invadir e manter Taiwan nos próximos seis anos, mas pode não pretender fazê-lo no curto prazo.
FONTE : AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS INTERNACIONAIS