O mecanismo de busca do Google será banido nas regiões ucranianas ocupadas de Donetsk e Luhansk, depois que autoridades pró-Rússia acusaram a gigante de tecnologia dos EUA de promover “terrorismo e violência contra todos os russos”.
Em um comunicado postado no serviço de mensagens sociais Telegram, Denis Pushilin, chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR), disse: “A propaganda desumana da Ucrânia e do Ocidente há muito cruzou todas as fronteiras. Há uma perseguição real aos russos, a imposição de mentiras e desinformação”.
Ele acusou o mecanismo de busca do Google de estar na vanguarda desse esforço, dizendo que “abertamente, por ordem de seus curadores do governo dos EUA, promove o terrorismo e a violência contra todos os russos, e especialmente a população de Donbass”.
Ao anunciar a decisão de bloquear o Google, Pushilin acrescentou: “Isso é o que eles fazem em qualquer sociedade com criminosos: eles estão isolados de outras pessoas. Se o Google parar de perseguir sua política criminal e retornar ao mainstream da lei, moralidade e bom senso, não haverá obstáculos para seu trabalho.”
A DPR e a República Popular de Luhansk (LPR) já baniram o Facebook e o Instagram, que também foram restringidos na Rússia depois que um tribunal de Moscou considerou o proprietário do Facebook Meta culpado de “atividade extremista”.
Rússia, Síria e Coreia do Norte são os únicos Estados membros da ONU a reconhecer as autoproclamadas repúblicas em Donetsk e Luhansk ocupadas como autoridades legítimas. O DPR e o LPR foram criados em 2014 e foram declarados organizações terroristas pelas autoridades ucranianas em Kyiv.