Nesta sexta-feira (18), uma enfermeira britânica de 33 anos, Lucy Letby, foi declarada culpada pelo assassinato de 7 recém-nascidos e pela tentativa de assassinato de outros 6 no hospital neonatal em que trabalhava com bebês doentes e prematuros.
Letby era acusada de matar os bebês, injetando insulina, ou ar, nas veias, ou alimentando-os demais.
O júri do tribunal de Manchester Crown, no norte da Inglaterra, chegou a seu veredicto depois de deliberar por 22 dias sobre o caso.
As acusações contra a criminosa abrangem o período de junho de 2015 a junho de 2016 e todas dizem respeito a crianças com menos de um ano de idade.
Letby, que tinha 25 anos na época dos assassinatos, declarou-se inocente várias vezes, mesmo depois que notas autoincriminatórias foram encontradas em sua casa.
Descrita pela Promotoria como “calculista”, com métodos intencionalmente discretos para “quase não deixar rastros”, Lucy Letby teria “enganado” seus colegas fazendo-os acreditar que as mortes foram “apenas um golpe de azar”.
Embora Letby tenha negado as acusações durante o processo, a polícia informou ter encontrado uma carta na casa dela, em que a enfermeira admite os crimes.
“Eu os matei de propósito”, diz o documento obtido pelos policiais britânicos.
Questionada pelos investigadores sobre isso, Letby alegou que escreveu o texto “porque ficou confusa e sobrecarregada com as acusações”.