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Pelo menos 15 pessoas morreram em uma das piores enchentes que atingiram a Europa Central em décadas, enquanto a tempestade Boris passava pela região, provocando mais de um mês de chuvas intensas. Áustria, Polônia, República Tcheca e Hungria foram fortemente afetadas.
O governo da Polônia deve declarar estado de calamidade após vários dias de chuvas devastadoras no sudoeste do país.
Na República Tcheca, milhares de moradores ficaram sem água aquecida e eletricidade, pois as autoridades fecharam as usinas de aquecimento. Na cidade de Ostrava, próxima à fronteira com a Polônia, a usina de aquecimento Veolia foi forçada a fechar devido às inundações, deixando 280 mil habitantes sem água quente.
No último fim de semana, a Áustria registrou pelo menos oito mortes, e nesta segunda-feira mais dois óbitos foram confirmados. As vítimas, dois homens de 70 e 80 anos, foram encontrados mortos em suas casas, segundo um porta-voz do governo da Baixa Áustria. A governadora Johanna Mikl-Leitner declarou que a situação ainda era crítica e que a região permanecia em estado de crise.
A Europa, que tem se aquecido mais rapidamente do que qualquer outro continente, enfrenta eventos climáticos extremos, como essas enchentes, devido ao aumento da temperatura global. Com uma atmosfera mais quente, há maior retenção de vapor, o que intensifica as chuvas e provoca tempestades mais severas.
Na Polônia, os moradores de Nysa lutam para proteger suas casas enquanto o nível da água continua a subir. Pacientes, incluindo grávidas, tiveram de ser retirados de um hospital local, que já não tinha condições de funcionar, conforme informou a TVN24. Na cidade de Klodzko, imagens aéreas mostraram áreas completamente submersas, com uma das pontes totalmente inacessível. As águas chegaram a 1,5 metro de profundidade, e o exército polonês já retirou mais de 2.600 pessoas das regiões afetadas.
Na cidade tcheca de Litovlje, 80% dos edifícios ficaram submersos, e o rio Morava deve atingir seu nível máximo. Em Jesenik, os moradores enfrentam dificuldades com a falta de serviços básicos, como água e eletricidade, após a destruição causada pelas inundações. A Hungria também sofre com a elevação das águas do rio Danúbio, mas o primeiro-ministro Viktor Orbán afirmou que os especialistas estão confiantes de que o nível da água não ultrapassará os registros anteriores.
Bratislava, capital da Eslováquia, também se prepara para conter a subida das águas do Danúbio, com as autoridades alertando a população para evitar caminhar às margens do rio.
Cientistas afirmam que eventos extremos de chuva se tornarão mais frequentes e intensos com o aquecimento global. Analisando um evento de chuvas fortes em 2021, que deixou mais de 200 mortos na Europa, concluiu-se que as mudanças climáticas causadas pelo homem aumentaram a probabilidade e a intensidade desses desastres, e essa tendência deve continuar.