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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou nesta quarta-feira (18) que o comando central das operações militares está sendo transferido para o norte do país, perto da fronteira com o Líbano. O movimento ocorre após o país vizinho ser atingido por explosões nos últimos dois dias, que mataram centenas de pessoas e pelas quais o exército israelense foi acusado. Israel, no entanto, não confirmou oficialmente sua participação nos ataques.
Segundo Gallant, “recursos de segurança e energia estão sendo alocados” para a região, marcando o início de uma “nova fase” no conflito que Israel trava contra o grupo extremista Hamas, concentrado na Faixa de Gaza.
As declarações do ministro vieram em meio a uma série de explosões no Líbano, atribuídas a Israel, que teriam como alvo os equipamentos de comunicação do Hezbollah, incluindo pagers e walkie-talkies. Na terça-feira (17), pagers usados pelo grupo explodiram, resultando em 12 mortos. No dia seguinte, mais explosões, desta vez de walkie-talkies, deixaram 14 mortos e feriram centenas, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano.
O Hezbollah, organização político-militar libanesa, respondeu na quarta-feira (18) com ataques a posições de artilharia no norte de Israel, utilizando foguetes. O grupo, aliado ao Irã e ao Hamas, não informou se houve vítimas nos ataques.
Crescimento das tensões na região
As tensões entre Israel e o Hezbollah se intensificaram desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, deflagrando um novo conflito no Oriente Médio. Desde então, o Hezbollah tem atacado Israel em apoio ao Hamas, que sequestrou cidadãos israelenses durante a ofensiva inicial e os utiliza como moeda de troca.
Israel, por sua vez, tem realizado bombardeios contra estruturas do Hezbollah no Líbano. Um desses ataques, em julho, resultou na morte de Fuad Shukr, um dos principais comandantes do Hezbollah, aumentando as promessas de vingança por parte do grupo libanês.
A atual escalada de hostilidades entre Israel e o Hezbollah remete ao conflito travado entre os dois em 2006, e parece ganhar novas proporções à medida que o conflito na Faixa de Gaza avança.
(Com informações da AP)