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Israel continua desferindo ataques contra os terroristas do Hezbollah. O Exército informou que, neste sábado (21), dezenas de aviões de combate atingiram alvos do grupo extremista no sul do Líbano, em meio ao aumento dos confrontos transfronteiriços e crescentes temores de uma guerra total.
O país também anunciou novas medidas de segurança para sua região norte.
“Na última hora, estamos realizando ataques abrangentes no sul do Líbano após identificar preparativos do Hezbollah para disparar contra território israelense”, afirmou o porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, em uma declaração televisionada logo após as 20h (17h GMT).
“Dezenas de aviões da força aérea estão atacando alvos terroristas e lançadores para eliminar ameaças aos cidadãos de Israel”, acrescentou. Antes disso, o Exército já havia informado que sua força aérea bombardeou milhares de lançadores de foguetes no sul do Líbano, que representavam uma “ameaça imediata”.
Os aviões israelenses atacaram “milhares de barris lançadores prontos para uso imediato para disparar contra território israelense”, além de “aproximadamente 180” outros alvos não especificados, segundo um comunicado militar.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) compartilharam um vídeo do momento do ataque em suas redes sociais. O Exército também relatou que o grupo terrorista libanês disparou cerca de 90 foguetes contra Israel, intensificando os confrontos de artilharia na fronteira, o que aumenta os temores de um conflito total.
Os militantes do Hezbollah lançaram “cerca de 90” foguetes no sábado, por volta das 17h, hora local (14h GMT), conforme indicado pelas FDI em um comunicado enviado à agência AFP.
Em meio a essa escalada de tensões, as autoridades israelenses anunciaram o fechamento parcial do espaço aéreo, abrangendo a cidade costeira de Hadera — a cerca de 80 quilômetros da fronteira com o Líbano — para o restante do território norte do país.
Nesse contexto, o Exército afirmou que estava endurecendo as restrições sobre reuniões públicas na região norte. “As reuniões estarão limitadas a 30 participantes em áreas abertas e a 300 em espaços fechados”, diz a declaração oficial.
“A presença no trabalho é permitida desde que haja um espaço protegido disponível, e as atividades educativas podem continuar, desde que também haja espaços protegidos disponíveis”, acrescentou, referindo-se a abrigos.
A autoridade de aviação de Israel anunciou essa medida por meio de um “aviso aos aviadores”. A restrição é válida por 24 horas e afeta, principalmente, voos recreativos e agrícolas, conforme relatado pelo jornal The Times of Israel.
Nem os aviões militares nem de segurança serão afetados, assim como a atividade normal do Aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, já que os voos comerciais, em geral, não sobrevoam a área.
Esse intercâmbio de tiros na fronteira entre Israel e Líbano ocorreu um dia após um ataque aéreo israelense contra posições do Hezbollah em Beirute. Israel confirmou neste sábado que eliminou 16 terroristas, incluindo vários comandantes. “Agora podemos confirmar: ao menos 16 terroristas do Hezbollah foram eliminados no ataque de ontem em Beirute”, disse o porta-voz militar israelense, Nadav Shoshani.
O grupo terrorista libanês também confirmou a morte de 16 de seus membros no bombardeio, incluindo dois altos cargos, como o comandante Ibrahim Aqil e Ahmed Wahbi, líder do corpo de elite das Forças Radwan.
Horas depois, o Exército de Israel forneceu detalhes sobre os terroristas eliminados na operação contra o Hezbollah. Entre os extremistas abatidos estava Abu Hassan Samir, que era chefe da unidade de treinamento das Forças Radwan. Ele ocupou diversos cargos dentro da organização terrorista e foi comandante dessa força durante uma década até o início de 2024. Segundo as FDI, ele foi um dos planejadores e líderes do plano de ataque “Conquistar a Galileia” e esteve envolvido na expansão do Hezbollah no sul do Líbano, “enquanto tentava melhorar as capacidades de combate terrestre da organização”. “Ao longo dos anos, e durante os primeiros meses da guerra, ele planejou e executou numerosos ataques com disparos e infiltrações em território israelense”, acrescenta o comunicado do Exército israelense.
Os outros comandantes das Forças Radwan eliminados por Israel foram: Samer Abdul-Halim Halawi (Comandante da Zona Costeira); Abbas Sami Maslamani (Comandante da Zona de Qana); Abdullah Abbas Hajazi (Comandante da Zona da Crest Ramim); Muhammed Ahmad Reda (Comandante da Zona de Al-Khiam); e Hassan Hussein Madi (Comandante da Zona do Monte Dov).
Além disso, altos funcionários da organização dentro do quartel-general das Forças Radwan também foram eliminados: Hassan Yussef Abad Alssatar (responsável pelas operações das Forças Radwan) e Hussein Ahmad Dahraj (Chefe de Estado-Maior das Forças Radwan). Este último estava envolvido na transferência de armas e no fortalecimento da organização.