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Mais de 22 mil pessoas que fugiram dos bombardeios israelenses no Líbano entraram na Síria desde a última segunda-feira (23). Segundo informações de fontes de segurança sírias, a passagem de Jdeidet Yabbous recebeu mais de 6 mil libaneses e cerca de 15 mil sírios nos últimos três dias até a manhã de hoje.
Além disso, cerca de mil libaneses e 500 sírios atravessaram em outro ponto de passagem, Jusiyah.
O Exército israelense anunciou que atingiu infraestruturas vinculadas ao grupo terrorista Hezbollah ao longo da fronteira com a Síria, enquanto as trocas de tiros continuam.
Essas infraestruturas eram utilizadas para transferir armas da Síria para o Hezbollah no Líbano, que, segundo o Exército, foram usadas contra civis israelenses. Israel considera o Hezbollah e o grupo terrorista palestino Hamas, com o qual está em guerra na Faixa de Gaza, como organizações terroristas, ambas apoiadas pelo Irã.
Informações do Ministério das Obras Públicas e dos Transportes do Líbano indicam que um ataque israelense atingiu um posto fronteiriço no lado sírio. O jornal libanês L’Orient du Jour noticiou que os ataques aéreos visaram quatro postos fronteiriços entre o Líbano e a Síria (Al-Arida, Matraba, Saleh e Kabech) e uma ponte que liga os dois países nas proximidades de Matraba.
O chefe do Comitê de Emergência e ministro do Ambiente libanês, Nasser Yassin, informou que o número de deslocados até o momento varia entre 150 mil e 200 mil. Até agora, 53 mil pessoas foram alojadas em abrigos, enquanto outras foram distribuídas em casas alugadas ou na casa de familiares. Yassin destacou que, apesar das carências em itens básicos como cobertores e colchões, a ajuda foi distribuída a 37.500 pessoas.
O governo libanês, com a cooperação do Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários e de parceiros internacionais, disponibilizou uma verba de US$ 24 milhões para o trabalho de socorro e apoio aos deslocados. A diplomacia libanesa está em contato com os governos dos países onde o Líbano tem representação para informar sobre a situação e organizar operações de ajuda com comunidades locais.
Yassin afirmou que se trata de uma agressão de grandes proporções, lembrando que, no primeiro dia dos ataques, foram registrados 500 mortos, número equivalente à metade do total de vítimas da guerra de julho de 2006. Desde o início da ofensiva em Gaza, há 11 meses, Israel e o Hezbollah têm trocado tiros na fronteira israelense-libanesa.
O ataque do Hamas em 7 de outubro resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e em cerca de 200 reféns levados para Gaza. A guerra em Gaza já causou aproximadamente 41.500 mortos, segundo o governo do Hamas, que controla a região desde 2007.