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Pelo menos 42 mortos, ruas inundadas por uma maré ciclônica sem precedentes, danos em estruturas e mais de quatro milhões de pessoas sem energia elétrica compõem o cenário desolador no sudeste dos Estados Unidos, após a chegada de Helene como um furacão de categoria 4.
O ciclone causou a morte de oito pessoas na Flórida, 15 na Geórgia e outras 17 na Carolina do Sul, duas delas bombeiros, segundo confirmou nesta sexta-feira o governador deste estado, Henry McMaster.
No sudeste dos EUA, onde Helene continuou sua trajetória destrutiva como tempestade tropical após entrar pela costa oeste da Flórida, mais de quatro milhões de residências e escritórios estão sem energia elétrica, de acordo com o site especializado PowerOutage.
O furacão tocou o solo por volta das 23h de quinta-feira, horário local (03h de sexta-feira, no horário de Brasília), perto da cidade de Perry, na região do noroeste da Flórida conhecida como Big Bend, com ventos máximos sustentados de 225 km/h.
Esta área amanheceu hoje com ruas cobertas de árvores e postes caídos, além de regiões inundadas pela elevação da maré (pelo menos 3 metros acima do nível habitual) causada por Helene, que, segundo meteorologistas, é o furacão mais forte a atingir Big Bend.
Vídeos e fotos mostram grandes ondas atingindo pontes e casas em áreas costeiras, que ficaram quase submersas durante a passagem do ciclone.
Na região de Cedar Key, perto de onde Helene tocou o solo e que durante a noite registrou uma elevação do nível do mar de 2,7 metros, patrulhas começaram na madrugada a remover árvores das estradas principais para garantir o fluxo dos socorristas.
Até a manhã desta sexta-feira, mais de 700 voos foram cancelados nos EUA, a grande maioria deles com saídas ou chegadas previstas nos aeroportos internacionais de Charlotte (Carolina do Norte), Atlanta (Geórgia) e Tampa (Flórida).
Embora Tallahassee, capital da Flórida, tenha escapado do impacto direto esperado, já que o sistema se moveu mais para o leste, outras cidades, como Atlanta (Geórgia), permanecem em estado de emergência devido a inundações repentinas em sua área metropolitana, informou o NHC (Centro Nacional de Furacões dos EUA).
O prefeito de Atlanta, Andre Dickens, relatou que pelo menos 20 pessoas foram resgatadas durante a noite após ficarem presas em meio às inundações dentro de suas casas ou veículos.
O governador da Geórgia, Brian Kemp, disse hoje que vários hospitais no sul do estado ficaram sem energia e que as equipes de resgate estão se dirigindo para o leste, onde muitos residentes ficaram presos em suas casas.
Prevendo o trajeto de Helene entre quinta e sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma declaração de desastre para os estados da Flórida, Geórgia, Carolinas e Alabama.
Na região de Asheville, na Carolina do Norte, onde uma ordem de evacuação obrigatória está em vigor, espera-se que a elevação dos rios alcance níveis históricos, além de possíveis deslizamentos de terra nas áreas montanhosas a oeste do estado.
Em seu boletim mais recente, o Centro Nacional de Furacões informou que Helene ainda está gerando “rajadas de vento perigosas e inundações que podem colocar vidas em risco em várias partes do sudeste e do sul dos Apalaches”.
À medida que continua avançando sobre terra firme, o sistema segue enfraquecendo e agora apresenta ventos máximos sustentados de 75 km/h, deslocando-se rapidamente para o norte a uma velocidade de 52 km/h.
(Com informações da EFE)