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O Exército de Israel anunciou neste sábado (9) a entrada de 11 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza, operação que ocorreu na última quinta-feira (7). Esses caminhões, carregados com água, alimentos e suprimentos médicos, foram encaminhados para as áreas de Yabalia e Beit Hanoun, no norte de Gaza, região que está sob cerco israelense há mais de um mês. A operação de ajuda foi coordenada pelo Cogat, o órgão militar israelense responsável por assuntos civis nos territórios palestinos.
Segundo dados do Exército, desde o início de outubro, 713 caminhões com ajuda entraram no norte de Gaza, através do posto de Erez, o único ponto de acesso aberto na região. No total, 990 caminhões chegaram a Gaza em outubro, o número mais baixo de ajuda humanitária desde o início de 2024, conforme informações da ONU. A situação de escassez de alimentos e risco crescente de fome em Gaza tem sido uma preocupação das organizações internacionais, que apontam a insuficiência da quantidade de ajuda que chega à região.
Apesar da entrada da ajuda, os organismos humanitários criticam o fato de que a distribuição dos itens não está sendo feita de forma eficaz. A violência crescente no enclave e a necessidade de obter permissões militares para cada etapa do processo de distribuição dificultam a chegada da ajuda à população afetada.
A pressão internacional sobre Israel tem aumentado, com os Estados Unidos exigindo que o país intensifique o envio de ajuda humanitária a Gaza. O governo de Joe Biden deu um ultimato a Israel, estabelecendo o dia 13 de novembro como prazo para garantir o aumento da ajuda. Caso não cumprisse as exigências, os EUA ameaçaram reduzir o envio de armas para Israel.
Em resposta a essas exigências, o Exército israelense anunciou que está preparando a abertura do ponto de entrada de Kissufim, no centro de Gaza, para aumentar o envio de ajuda ao território. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, alertou que Israel “não está fazendo o suficiente” para atender à crescente necessidade humanitária.
Além disso, as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que continuaram suas operações militares na região de Gaza, matando “dezenas de terroristas” e destruindo vários alvos relacionados ao Hamas, organização responsável pelos ataques em Israel no início de outubro. As FDI também realizaram ataques em posições terroristas no Líbano. No total, mais de 50 alvos terroristas foram atingidos em Gaza e no Líbano nas últimas 24 horas.
A escalada das operações militares israelenses segue após os ataques do Hamas em 7 de outubro, que resultaram em mais de 1.200 mortos e 250 sequestrados em território israelense.
A situação em Gaza continua se deteriorando, com o número de vítimas civis aumentando a cada dia. A ONU e várias organizações humanitárias continuam a pressionar por um aumento no fluxo de ajuda e por uma cessação das hostilidades para evitar uma crise humanitária ainda maior.
(Com informações da EFE)