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Vladimir Putin sancionou neste sábado uma lei que perdoa dívidas de novos recrutas que se alistarem no Exército russo para combater na Ucrânia. A medida, divulgada no site oficial do Kremlin, busca atrair mais soldados para a frente de batalha.
De acordo com a nova legislação, serão perdoadas dívidas de até 10 milhões de rublos (cerca de R$ 474 mil) acumuladas por aqueles que assinarem contratos com o Ministério da Defesa para servir por pelo menos um ano, a partir de 1º de dezembro. A medida abrange recrutas com cobranças judiciais de dívidas iniciadas antes dessa data.
Incentivos para alistamento
O governo russo vem intensificando incentivos financeiros para o recrutamento, oferecendo salários muito acima da média nacional. Essa estratégia tem aumentado o número de combatentes na Ucrânia, evitando a necessidade de uma nova mobilização geral, como a ocorrida em setembro de 2022, que resultou em um êxodo em massa de cidadãos.
Apesar dos esforços, dados mostram um aumento significativo no endividamento dos russos desde o início da guerra em 2022, mesmo com o Banco Central elevando a taxa de juros para 21% em outubro daquele ano.
Mudanças nas forças russas
Segundo inteligência britânica, as forças terrestres da Rússia são “totalmente diferentes” das que iniciaram a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Mais de 700 mil baixas, entre mortos e feridos, foram registradas, comprometendo a qualidade das tropas.
“Antes da invasão, a Rússia buscava construir uma força moderna e profissional. Após mil dias de conflito, as forças terrestres russas se tornaram algo radicalmente diferente”, afirmou o Ministério da Defesa britânico.
Os relatórios apontam que a maioria dos soldados atualmente no campo de batalha recebeu treinamento mínimo, e os comandantes russos têm utilizado táticas básicas, apesar das altas taxas de perdas. Estima-se que a Rússia tenha perdido mais de 3.500 tanques e 7.500 veículos blindados, recorrendo a equipamentos da era soviética para repor as perdas.
Tropas norte-coreanas em combate
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou neste sábado que milhares de soldados norte-coreanos enviados à Rússia devem entrar em combate em breve. Segundo a inteligência americana, cerca de 10 mil militares norte-coreanos estão na região de Kursk, na fronteira russa.
Austin destacou que ainda não há informações de que essas tropas já estejam ativamente envolvidas em combates. Ele também mencionou que a Coreia do Norte teria recebido petróleo, mísseis antiaéreos e ajuda econômica da Rússia em troca do envio de soldados.
Relatórios indicam que a Rússia concentra uma força de 50 mil homens, incluindo tropas norte-coreanas, para tentar retomar áreas da região de Kursk, sob controle ucraniano desde agosto. Além disso, militares norte-coreanos foram deslocados para a região de Bélgorod, próxima à fronteira com Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.
Com informações de agências internacionais.