Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Depois de conquistar Aleppo em uma ofensiva relâmpago na madrugada de sábado (30), os rebeldes sírios conseguiram adentrar a cidade de Hama na quinta-feira (5), conforme confirmou o Exército sírio. Inicialmente, o Exército havia negado a invasão, mas ela foi anunciada pelo comandante rebelde Hassan Abdul Ghany, que também informou, por meio de uma publicação no X, a libertação de centenas de detentos da prisão central da cidade.
A televisão Al Jazeera exibiu imagens que, segundo a emissora, mostram os rebeldes se encontrando com civis próximos a uma rotatória, enquanto outros conduziam veículos militares e ciclomotores.
O Exército sírio alegou que os confrontos intensos permitiram a entrada dos rebeldes em Hama e afirmou que a decisão de retirar as tropas da cidade foi tomada com o objetivo de preservar vidas civis e evitar combates urbanos.
Em comunicado oficial, o Comando Geral do Exército e das Forças Armadas afirmou que suas tropas travaram batalhas ferozes para repelir os ataques de organizações terroristas, mas que, nos últimos momentos, a intensificação dos confrontos e o aumento das baixas nas fileiras do Exército permitiram que os grupos rebeldes penetrassem em várias áreas da cidade.
Após a invasão, o líder rebelde Abu Mohammed al-Golani enviou uma declaração em vídeo, na qual pediu ao primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, que impedisse a intervenção das Forças de Mobilização Popular (PMF), alinhadas ao Irã, na Síria.
A PMF, por sua vez, negou estar mobilizada no território sírio, com seus comandantes afirmando que a intervenção só ocorreria mediante ordens de seus líderes. No entanto, a agência de notícias Reuters reportou, no início da semana, que centenas de milicianos iraquianos haviam sido enviados à Síria para apoiar o governo no combate aos rebeldes.
Golani, na mesma declaração, ressaltou que os combates na Síria não se expandiriam para o Iraque, e que os rebeldes desejam manter relações econômicas e políticas estratégicas com Bagdá após a queda do regime de Bashar al-Assad.
Hama, que esteve sob controle do governo desde o início da guerra civil em 2011, é uma cidade crucial para a dinâmica do conflito. Localizada a mais de um terço do caminho entre Aleppo e Damasco, sua captura abriria caminho para um avanço rebelde em direção a Homs, a principal cidade do centro da Síria, que conecta várias regiões do país.
Além disso, Hama é estratégica para o controle de Muhrada, lar de uma grande comunidade cristã, e Salamiya, onde vive uma população de muçulmanos ismaelitas.
Segundo um morador da cidade, cuja família ainda se encontra em Hama, a internet foi cortada e as ruas estavam vazias desde a quarta-feira (04).
No domingo (1º), um dia após a tomada da maioria de Aleppo pelos rebeldes, o presidente Bashar al-Assad prometeu usar a força para eliminar “o terrorismo”.