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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira que ordenou a abertura de um centro em Guantánamo para deter até 30.000 migrantes que estão ilegalmente nos Estados Unidos.
“Assinarei hoje um decreto ordenando aos Departamentos de Defesa e Segurança Interna que comecem a preparar as instalações para 30.000 migrantes na baía de Guantánamo”, afirmou. Ele acrescentou que se trataria de “criminosos” em situação irregular.
“Temos 30.000 camas em Guantánamo para deter os piores criminosos estrangeiros ilegais que ameaçam o povo americano. Alguns deles são tão ruins que nem confiamos nos países para retê-los, porque não queremos que voltem”, disse Trump.
O republicano afirmou que a medida “duplicaria imediatamente nossa capacidade” de deter imigrantes ilegais, no meio de uma repressão massiva que prometeu no início do seu segundo mandato.
Qualificando Guantánamo como “um lugar difícil de sair”, Trump disse que as medidas anunciadas na quarta-feira “nos aproximarão um passo mais de erradicar de uma vez por todas o flagelo da delinquência imigrante em nossas comunidades”.
Trump fez o anúncio pouco antes de assinar a Lei Laken Riley, a primeira legislação aprovada sob sua administração.
A lei bipartidária diz que as pessoas que estão ilegalmente nos Estados Unidos e que são acusadas de roubo ou crimes violentos podem ser detidas e até deportadas antes mesmo de serem consideradas culpadas.
Trump recebeu na Casa Branca para a cerimônia os pais de Laken Riley, a estudante de enfermagem americana de 22 anos assassinada cujo nome leva a nova lei contra o crime de migrantes.
“Manteremos a memória de Laken viva em nossos corações para sempre”, disse Trump. “Com a ação de hoje, seu nome também viverá para sempre nas leis do nosso país, e esta é uma lei muito importante.”
A prisão da baía de Guantánamo foi inaugurada em 2002, dentro de uma base militar americana em Cuba, como parte da “guerra contra o terrorismo” declarada pelo ex-presidente George W. Bush após os atentados de 11 de setembro de 2001. Centenas de prisioneiros, incluindo alguns membros da Al Qaeda, passaram por lá.
Os ex-presidentes democratas Joe Biden e Barack Obama prometeram fechá-la, mas nenhum conseguiu durante seus mandatos.
Revogação do Status Especial para Venezuelanos
A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, relacionou a decisão de revogar o status de proteção temporária para não deportar os venezuelanos em situação irregular, uma medida de graça da administração anterior de Joe Biden que beneficiava cerca de 600.000 pessoas, com a presença de grupos criminosos, como o Tren de Aragua.
Assim, ela criticou o ex-secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, por ter deixado “amarrada” esta administração com essa medida. “Vamos continuar o processo de avaliar todos esses indivíduos que estão em nosso país, incluindo os venezuelanos que estão aqui e os membros do Tren de Aragua”, afirmou.
Noem destacou a operação policial na véspera no bairro do Bronx, em Nova York, contra o Tren de Aragua. “Ontem detivemos um dos chefes. Ele fazia parte de uma troca de armas e estava tentando comprar granadas (…) Estamos muito felizes por tê-lo tirado das ruas”, disse.
“As pessoas deste país querem que esses canalhas se vão. Querem que suas comunidades sejam seguras. Foi incrível para mim ver as pessoas passando pela rua cedo e nos agradecendo”, contou.
(Com informações da AFP, AP, Europa Press e Reuters)
