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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ressaltou nesta quarta-feira ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que o país forneceu munições úteis para “erradicar inimigos radicais” e que continuará fazendo isso.
“Fornecemos munições que antes não eram enviadas. Elas são úteis para erradicar inimigos radicais e estamos comprometidos em continuar com esse fornecimento”, afirmou no início de sua reunião no Pentágono.
No fim de janeiro, foi divulgado que o presidente dos EUA, Donald Trump, descongelou o envio de um carregamento de bombas para Israel. O ex-presidente Joe Biden (2021-2025) havia suspendido essa entrega para evitar que as armas fossem usadas na Faixa de Gaza.
Embora Biden tenha apoiado a ofensiva israelense sobre Gaza e mantido o fornecimento de armamentos, decidiu, em maio, paralisar o envio dessas bombas devido ao receio de que fossem utilizadas em áreas densamente povoadas da cidade de Rafah, no sul do enclave palestino.
Durante o encontro, Hegseth disse a Netanyahu que espera que, com a nova administração republicana no poder, ele perceba que o Departamento de Defesa está focado em “reviver o espírito guerreiro, reconstruir o Exército dos Estados Unidos e restabelecer a dissuasão”.
A reunião ocorreu um dia depois de Trump anunciar sua intenção de assumir o controle da Faixa de Gaza, liderar sua reconstrução e realocar “temporariamente” os palestinos em outros países.
“O presidente está disposto a pensar fora da caixa, buscar formas novas, únicas e dinâmicas de resolver problemas que pareciam insolúveis. Esperamos mais conversas e soluções criativas sobre o tema”, disse Hegseth.
Netanyahu, por sua vez, destacou que sua ofensiva não visa apenas derrotar aqueles que querem atacar Israel, mas também aqueles que representam uma ameaça aos Estados Unidos. “Portanto, nossa vitória é a sua vitória”, afirmou, repetindo o discurso que usou ao lado de Trump na Casa Branca.
O primeiro-ministro israelense declarou que os objetivos militares estão “muito avançados” e trarão segurança e paz.
“A única maneira de alcançar uma paz duradoura é sendo muito, muito fortes. Com seu apoio, incluindo a decisão que acabou de mencionar de fornecer a Israel o que tanto precisa, estamos mais fortes do que nunca”, concluiu.
Aliados e adversários rejeitam sugestão de Trump sobre controle de Gaza
A proposta de Trump para que os Estados Unidos assumam o controle da Faixa de Gaza e transfiram permanentemente seus residentes palestinos foi amplamente rejeitada e condenada nesta quarta-feira, tanto por aliados quanto por adversários dos EUA.
“Os Estados Unidos assumirão a Faixa de Gaza e também faremos um trabalho por lá”, declarou Trump. “Vamos possuí-la, desativar todas as bombas e armas perigosas, nivelar o local, remover os edifícios destruídos e desenvolver a economia, criando um número ilimitado de empregos.”
As declarações ocorreram em meio a um frágil cessar-fogo entre Israel e o Hamas, durante o qual o grupo armado tem libertado reféns em troca da liberação de prisioneiros detidos por Israel.
Egito, Jordânia e outros aliados dos EUA no Oriente Médio já rejeitaram a ideia de realocar mais de dois milhões de palestinos de Gaza para outros países da região.
A Arábia Saudita, um importante aliado dos EUA, se manifestou rapidamente contra a proposta de Trump e reforçou sua posição a favor da criação de um Estado palestino independente, classificando essa demanda como “firme, constante e inabalável”.
Os primeiros-ministros da Austrália e da Irlanda, os ministros das Relações Exteriores da China, Nova Zelândia e Alemanha, além de um porta-voz do Kremlin, reiteraram seu apoio a uma solução de dois Estados.
(Com informações da EFE)
