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O Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) informou neste domingo a morte de dois altos integrantes do Hurras al-Din, uma afiliada da Al-Qaeda, em um ataque aéreo de precisão realizado no sábado, no noroeste da Síria.
O ataque, conduzido pelas forças americanas na província de Idlib, teve como alvo um “alto funcionário de finanças e logística” do grupo terrorista.
Segundo comunicado do CENTCOM, a operação faz parte dos esforços contínuos dos EUA para “interromper e enfraquecer as ações dos terroristas na organização e execução de ataques contra civis e militares americanos e seus aliados na região”. O general Michael Erik Kurilla, comandante do CENTCOM, afirmou que as forças dos EUA continuarão perseguindo “sem descanso” os terroristas para garantir a segurança do país e de seus aliados.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) também relatou neste domingo a morte de dois líderes do Hurras al-Din, identificados como Abderramán al Leby e Fadel al Leby, em um ataque da coalizão internacional liderada pelos EUA.
O ataque com drone ocorreu próximo à localidade de Urum al Joz, na província de Idlib. Segundo o OSDH, o veículo em que os alvos estavam foi completamente destruído, e equipes de resgate recuperaram os corpos após conterem o incêndio que consumiu o automóvel.
Idlib é uma das últimas regiões da Síria sob controle de grupos rebeldes e jihadistas. Na área, operam facções como o Hurras al-Din, afiliado à Al-Qaeda, e o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um antigo braço da organização terrorista que nos últimos anos tentou se distanciar dela.
O Hurras al-Din foi fundado em fevereiro de 2018 e é considerado uma das principais facções ligadas à Al-Qaeda na Síria. Apesar de não ter confirmado publicamente sua lealdade à rede terrorista até sua recente dissolução no mês passado, os EUA designaram o grupo como organização terrorista em 2019 e chegaram a oferecer recompensas por informações sobre seus membros.
Esse ataque é o mais recente de uma série de operações contra integrantes do Hurras al-Din, que tem sido um dos principais alvos das forças americanas na região.
Em janeiro de 2023, outro alto dirigente da organização, Muhammad Salah al-Zabir, foi morto em um ataque aéreo semelhante.
EUA intensificam ofensiva contra o Estado Islâmico
No final de dezembro do ano passado, os EUA também eliminaram dois membros do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria. Segundo o CENTCOM, a operação foi realizada por meio de um bombardeio de precisão em Deir al-Zur, no leste do país.
De acordo com o Financial Times, os EUA realizaram mais de 75 ataques aéreos na Síria contra líderes, operativos e campos de treinamento do Estado Islâmico, assegurando que não há indícios de vítimas civis nessas operações.
O então assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, cujo mandato terminou em 20 de janeiro, alertou sobre o risco de uma nova onda de terrorismo na região.
“Não vou adoçar a realidade. Trata-se de uma ameaça real: o jihadismo e o terrorismo podem ressurgir na Síria. Cabe a nós e a toda a região enfrentá-los com firmeza”, afirmou.
Apesar dos esforços internacionais, o Estado Islâmico aumentou sua atividade no último ano. Segundo estimativas do CENTCOM, o grupo reivindicou 153 atentados no primeiro semestre, sinalizando sua intenção de se reorganizar.
Além dos Estados Unidos, Israel também intensificou suas operações na Síria. Nos últimos dias, o país realizou manobras estratégicas em uma “zona de contenção” próxima à fronteira, com o objetivo de destruir armamento pesado abandonado e impedir a formação de novas células terroristas na região.
(Com informações da Europa Press e AFP)
