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Israel anunciou no domingo (2) a suspensão da entrada de bens e suprimentos na Faixa de Gaza e advertiu sobre “consequências adicionais” caso o Hamas não aceite uma nova proposta para estender o cessar-fogo frágil. A decisão ocorre após a expiração da primeira fase do cessar-fogo, que incluiu um aumento significativo de ajuda humanitária, no último sábado.
O Hamas acusou Israel de tentar sabotar o acordo de cessar-fogo existente, classificando a suspensão da ajuda como “extorsão barata, crime de guerra e um ataque flagrante” à trégua, que foi estabelecida em janeiro após mais de um ano de negociações. Apesar das tensões, ambos os lados evitaram afirmar que o cessar-fogo havia terminado.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que o país está preparado para negociar sobre a próxima fase do cessar-fogo, mas insistiu que mais reféns sejam libertados durante as negociações. A proposta de Israel, que teria sido apresentada pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, sugere estender o cessar-fogo até o mês do Ramadã e as festas judaicas da Páscoa, que terminam em 20 de abril. Em troca, o Hamas liberaria metade dos reféns no primeiro dia e o restante quando um acordo sobre um cessar-fogo permanente fosse alcançado.
O Hamas, por sua vez, advertiu que qualquer tentativa de adiar ou cancelar o acordo traria “consequências humanitárias” para os reféns e reiterou que a única maneira de libertá-los seria cumprindo o acordo existente, sem definir um prazo para a liberação dos prisioneiros restantes.
Desde o início da primeira fase do cessar-fogo, em 19 de janeiro, centenas de caminhões de ajuda entraram diariamente na faixa de Gaza. No entanto, a suspensão da ajuda levanta preocupações sobre o impacto imediato sobre a população de Gaza, que depende fortemente da assistência humanitária. A situação se agrava com as disputas entre as partes, com Israel acusando o Hamas de desviar a ajuda e o Hamas criticando as ações de Israel como uma violação do acordo de cessar-fogo.
Enquanto isso, a guerra, que começou em 7 de outubro de 2023 com um ataque do Hamas, resultou na morte de mais de 48 mil palestinos, enquanto os ataques aéreos israelenses também devastaram amplas áreas da Faixa de Gaza.
