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O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou neste sábado (29) que apresentou uma contraproposta aos mediadores, “em plena coordenação com os Estados Unidos”, para a libertação dos reféns e o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, realizou uma série de consultas ontem após a proposta recebida dos mediadores. Nas últimas horas, Israel apresentou sua contraproposta aos mediadores em plena coordenação com os Estados Unidos”, informou o comunicado.
A mensagem parece estar relacionada às negociações para retomar a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, conforme previsto no acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em janeiro.
O anúncio de Israel também ocorre após o grupo terrorista Hamas ter declarado neste sábado que está “disposto a libertar um pequeno número de reféns”, desde que o governo de Netanyahu garanta um cessar-fogo para o feriado de Eid al Fitr, que começa amanhã e marca o fim do Ramadã, o mês sagrado do Islã, segundo uma fonte egípcia próxima às negociações, informou a agência de notícias EFE.
De acordo com a imprensa local, que cita uma fonte israelense próxima às negociações, esta nova proposta egípcia contempla 50 dias de cessar-fogo e a entrega de cinco reféns vivos.
Entre os reféns que o Hamas libertaria, segundo o informante egípcio, estaria o soldado israelense-americano Edan Alexander, de 21 anos, uma exigência do ex-presidente Donald Trump, que se comprometeu a retomar o diálogo para alcançar “um fim permanente dos combates”.
Por sua vez, um alto funcionário do Hamas disse neste sábado que o grupo terrorista palestino aceitou a nova proposta apresentada pelos mediadores e pediu que Israel também a apoie.
“Há dois dias, recebemos uma proposta dos irmãos mediadores do Egito e do Catar. A tratamos positivamente e a aprovamos. Esperamos que a ocupação [Israel] não a bloqueie”, declarou Jalil al Haya, que ressaltou que as armas do grupo representam uma “linha vermelha”.
A frustração dos habitantes de Gaza após mais de um ano de guerra se manifestou nos últimos dias em protestos sem precedentes realizados em diferentes pontos do enclave contra o regime do Hamas.
Na faixa de Gaza, ainda há 59 reféns (Israel estima que cerca de vinte deles estejam mortos) nas mãos das milícias palestinas, cuja entrega estava prevista na segunda fase do acordo de cessar-fogo que Israel bloqueou no início de março.
A frágil trégua que ofereceu relativa calma na Faixa de Gaza durante semanas terminou em 18 de março, quando Israel retomou sua campanha de bombardeios contra o Hamas em todo o território. Dias depois, os militantes palestinos retomaram o lançamento de foguetes contra Israel a partir do enclave.
As negociações sobre uma segunda fase da trégua haviam estagnado. Israel queria prorrogar a fase inicial do acordo, enquanto o Hamas exigia negociações sobre uma segunda fase que levasse a um cessar-fogo permanente.
(Com informações de AFP, EFE e EP)
