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Um ataque aéreo massivo realizado pelas forças russas na cidade de Dnipro, no sudeste da Ucrânia, deixou ao menos três mortos — entre eles uma adolescente de 17 anos — e 28 feridos, segundo autoridades ucranianas informaram nesta quinta-feira (17).
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou o bombardeio e afirmou que os drones russos foram direcionados a áreas residenciais e a infraestruturas civis, causando uma nova tragédia para a população. “Foi uma noite difícil em Dnipro. Os drones russos atacaram prédios residenciais e outras infraestruturas civis. Os escombros ainda estão sendo removidos”, escreveu Zelensky em sua conta no X (antigo Twitter).
O ataque ocorre em meio à intensificação das ofensivas russas, que vêm aumentando o número de vítimas civis em várias regiões da Ucrânia nas últimas semanas. Dnipro foi um dos alvos mais recentes dos ataques com drones, que provocaram grandes danos a estruturas essenciais da cidade, como escolas, residências e outros edifícios civis. De acordo com as autoridades locais, 28 pessoas ficaram feridas, sendo 16 hospitalizadas — entre elas, quatro crianças. Equipes de emergência seguem trabalhando para conter os incêndios causados pelos impactos dos drones, que destruíram diversas construções.
Zelensky lamentou as mortes e prestou condolências às famílias das vítimas. “Tragicamente, três pessoas morreram neste ataque, entre elas uma jovem chamada Veronika, de apenas 17 anos. Meus sentimentos às famílias e entes queridos”, disse o presidente.
Além de Dnipro, outras regiões da Ucrânia também foram atingidas pelos drones. A cidade de Odessa sofreu impactos significativos, com pelo menos três pessoas feridas. Os alvos incluíram prédios residenciais, uma farmácia e uma igreja. As autoridades relataram ainda que as forças russas lançaram mísseis balísticos contra as regiões de Sumy, Kharkiv e Donetsk, deixando mais vítimas e aumentando os danos às infraestruturas locais.
Diante da nova onda de ataques, Zelensky voltou a pedir apoio da comunidade internacional, especialmente dos países aliados, para reforçar os sistemas de defesa aérea da Ucrânia. “Cada pacote de ajuda dos nossos aliados representa literalmente a proteção de vidas. A Rússia usa todos os dias e noites para matar. A pressão deve ser aplicada aos assassinos, e a vida deve ser protegida para deter essa guerra e garantir uma paz duradoura”, afirmou o presidente.
Paralelamente, uma delegação ucraniana liderada por Andrii Yermak, chefe do Gabinete da Presidência, esteve em Paris para uma série de reuniões com representantes da coalizão internacional de aliados, incluindo França, Alemanha e Reino Unido. Os encontros discutiram medidas de segurança de longo prazo para a Ucrânia e a necessidade de garantir um futuro sem agressões russas após um eventual cessar-fogo. Também estão previstas conversas com representantes dos Estados Unidos para coordenar mais apoio à resistência ucraniana.
O ataque em Dnipro é mais um episódio dentro da série de ofensivas russas contra áreas civis, que têm deixado dezenas de mortos e feridos nos últimos dias. Apesar da agressão contínua, analistas militares observam que a situação no front permanece indefinida. As tropas russas intensificaram as operações no nordeste da Ucrânia, principalmente nas regiões de Sumy e Kharkiv, enquanto as forças ucranianas mantêm seus contra-ataques em Kursk e Belgorod, tentando impedir o avanço e reforço das tropas russas nessas áreas.
Diante do cenário, Zelensky reforçou que a única forma de pôr fim à guerra e assegurar uma paz duradoura é com a força coletiva da comunidade internacional. “Guerras só são interrompidas com força: força contra o agressor, força em defesa da vida”, concluiu o presidente.
