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O imigrante Kilmar Abrego Garcia, que vivia legalmente nos Estados Unidos, retornou ao país nesta sexta-feira (6) após ter sido deportado por engano para El Salvador, onde chegou a ser preso. O caso chamou atenção por expor falhas no sistema de deportações do país e passou a ser usado como crítica à política migratória adotada durante o governo de Donald Trump.
Garcia, metalúrgico residente no estado de Maryland, possui autorização de trabalho e estava em situação regular nos EUA quando foi detido por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), em 12 de março. Ele é acusado de ligação com a gangue criminosa MS-13, o que ele nega. Documentos judiciais revelam que Garcia foi incluído por engano em um voo de deportação para El Salvador, mesmo havendo uma ordem judicial que o protegia da expulsão.
A Justiça americana determinou em abril o retorno do imigrante, mas a Casa Branca alegou na época que não poderia trazê-lo de volta, pois ele já estava sob custódia das autoridades salvadorenhas.
Com a cooperação do governo de El Salvador, Garcia retornou nesta sexta aos Estados Unidos. A procuradora-geral Pam Bondi agradeceu o país centro-americano e confirmou que o imigrante será julgado por suposto envolvimento em um esquema de facilitação da entrada ilegal de estrangeiros nos EUA.
Casado e pai de um menino de 5 anos que vive com a família nos Estados Unidos, Garcia ainda enfrenta a possibilidade de ser deportado novamente, caso seja condenado.
Também nesta sexta, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, afirmou que o ex-presidente Donald Trump havia solicitado o retorno de “um membro de gangue”, em referência a Garcia.
