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As tropas de Israel e Irã seguem em intenso confronto pelo oitavo dia consecutivo, em meio a uma escalada considerada pelo chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Eyal Zamir, como “a campanha mais complexa da história de Israel”.
Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta sexta-feira (20), Zamir alertou a população israelense sobre a necessidade de estarem “preparados para uma campanha prolongada”. O general destacou que o Exército de Israel vem se preparando “há anos” para enfrentar a ameaça iraniana, enquanto as operações continuam simultaneamente contra alvos em território iraniano e contra o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza.
Desde a última sexta-feira, Israel intensificou seus ataques contra o Irã, combinando assassinatos seletivos de altos comandantes militares com bombardeios direcionados a instalações nucleares e bases de mísseis. Zamir justificou a ofensiva apontando o rápido avanço da indústria militar iraniana, especialmente nos setores nuclear e de mísseis. “O ritmo do desenvolvimento da indústria deles, do nuclear aos mísseis, obrigou-nos a agir e realizar um ataque preventivo”, afirmou.
Segundo estimativas do Estado-Maior israelense, no momento do primeiro ataque, o Irã possuía cerca de 2.500 mísseis, número que poderia ter crescido para 8.000 em dois anos, devido à elevada produção armamentista de Teerã.
Zamir ressaltou que os bombardeios “surpresa e potentes” das forças israelenses tiveram “resultados extraordinários”, incluindo a eliminação de altos comandantes iranianos, danos significativos ao programa nuclear e a destruição de quase metade dos lançadores de mísseis do inimigo, alguns deles poucos minutos antes de serem usados.
O governo israelense informou que os contra-ataques iranianos já atingiram mais de 50 alvos em Israel, com o lançamento de mais de 450 mísseis e 400 drones. Até o momento, as autoridades israelenses registram 24 mortos e 1.217 feridos, sendo 12 em estado grave.
Em discurso ao Conselho de Segurança da ONU, o embaixador israelense Danny Danon declarou que seu país “não vai parar” os ataques contra o Irã “até que a ameaça nuclear iraniana seja desmantelada, até que sua máquina de guerra seja desarmada e até que o povo de Israel e o de vocês estejam seguros”. Em resposta, o embaixador do Irã, Amir Saeid Iravani, pediu ação do Conselho e alertou sobre informações que indicam possível envolvimento militar dos Estados Unidos no conflito.
(Com informações AFP e EP)
