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O general Mikhail Gudkov, subcomandante em chefe da Marinha da Rússia, morreu na quarta-feira (2) durante uma operação militar na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia. A morte foi confirmada nesta quinta-feira (3) pelo governador de Primorie, Oleg Kozhemyako. Gudkov, de 45 anos, é um dos mais altos oficiais russos mortos por forças ucranianas desde o início da guerra em 2022.
De acordo com canais militares independentes, Gudkov estava em um posto de comando no distrito de Korenevo quando o local foi atingido por mísseis ucranianos. O ataque matou pelo menos outras dez pessoas, entre elas o oficial Nariman Shikhaliyev. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que o general morreu enquanto “realizava operações de combate em uma das zonas fronteiriças da região de Kursk”, mas não detalhou as circunstâncias do bombardeio.
O ataque teria sido direcionado a um centro de comando da 155ª Brigada de Infantaria Naval, onde Gudkov atuou como comandante antes de ser promovido em março de 2025. Segundo os relatos, quatro mísseis atingiram o local, provocando destruição em larga escala.
Carreira militar e acusações
Gudkov nasceu na região de Donbas e formou-se na Escola Superior de Comando Militar de Novosibirsk. Seu desempenho o levou ao comando da 155ª Brigada da Frota do Pacífico, unidade envolvida ativamente nas ações contra a Ucrânia desde fevereiro de 2022. A promoção ao cargo de subcomandante da Marinha foi anunciada pessoalmente pelo presidente Vladimir Putin durante um encontro com submarinistas do cruzeiro nuclear Arkhangelsk.
Ele foi condecorado com diversas honrarias, como a Estrela de Ouro do Herói da Rússia, em 2023, e o título de Herói de Primorie. No entanto, autoridades ucranianas o acusavam de crimes de guerra, alegando que sua brigada esteve envolvida em ações que violaram o direito internacional humanitário.
“Gudkov era um guerreiro de espírito forte, que não se via fora da Marinha. Mesmo promovido, fazia questão de visitar pessoalmente as posições dos nossos fuzileiros”, declarou Kozhemyako.
Conflito em Kursk
A 155ª Brigada foi deslocada para a região de Kursk após uma ofensiva surpresa da Ucrânia, em agosto de 2024, que marcou a primeira invasão terrestre de tropas estrangeiras em território russo desde a Segunda Guerra Mundial. A incursão visava desestabilizar ofensivas russas previstas contra a região de Sumy e aliviar a pressão sobre o front de Donetsk.
Segundo o comando militar ucraniano, mais de 63 mil baixas russas foram registradas em Kursk desde então, entre mortos, feridos e capturados, além da destruição de quase 6 mil equipamentos militares.
Em março de 2025, a Rússia lançou uma contraofensiva com apoio de tropas norte-coreanas, recuperando parte do território perdido. Apesar disso, forças ucranianas ainda mantêm posições na região.