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Quase um ano após os atletas olímpicos, os primeiros banhistas voltaram a mergulhar nas águas do rio Sena, no centro de Paris, neste sábado (5). A capital francesa autorizou o banho no Sena pela primeira vez desde 1923, liberando três áreas específicas equipadas para receber o público.
Ainda antes das 8h da manhã, dezenas de pessoas já aguardavam ansiosamente para se refrescar nas zonas destinadas ao banho — estruturas que contam com pontões, escadas, duchas e vestiários. As áreas ficam próximas à Torre Eiffel, à ilha de Saint-Louis e perto da Catedral de Notre-Dame, oferecendo acesso gratuito a moradores e turistas.
A iniciativa faz parte do legado dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e também atende à necessidade de adaptação ao clima, especialmente diante da onda de calor que atingiu a cidade, com temperaturas próximas a 40ºC na última semana.
O presidente francês Emmanuel Macron ressaltou, em publicação nas redes sociais, que o sonho de permitir que qualquer pessoa pudesse nadar no Sena — uma promessa feita pelo ex-prefeito Jacques Chirac — está finalmente sendo realizado.
O acesso será permitido gratuitamente, dentro dos horários estabelecidos, até o dia 31 de agosto, desde que as condições meteorológicas permitam. Haverá controle rigoroso de público, com limite entre 150 e 700 pessoas por área.
Para garantir a qualidade da água, Paris investiu mais de 1,4 bilhão de euros em obras de captação de águas residuais a montante, evitando o despejo direto no Sena. No entanto, em caso de chuvas intensas, as águas pluviais e residuais se misturam e são lançadas no rio, o que pode comprometer a segurança para banho — um problema já ocorrido durante os Jogos Olímpicos de 2024, causando atraso em algumas competições.
Um sistema de sinalização por bandeiras (verde, amarela e vermelha) informará sobre a qualidade e o fluxo da água. Caso a bandeira vermelha seja exibida, o banho estará proibido.
Além disso, as áreas contarão com forte vigilância. Os banhistas deverão comprovar que sabem nadar para poder entrar na água, devido a riscos como correntes fortes, lama, plantas aquáticas, hidrocution e tráfego fluvial. A subprefeita Elise Lavielle alertou que “no ano passado, houve treze mortes no Sena” e que, até o momento, já são “três este ano”.
Mesmo com o calor intenso, a prática do banho fora das áreas autorizadas está proibida desde junho, com multas para quem desrespeitar a norma. A cidade, que é o maior porto fluvial europeu para transporte de passageiros, também reforçará a fiscalização dos condutores de embarcações.
Para 2025, a continuação das obras de descontaminação do Sena deve permitir a criação de novas áreas de banho nos arredores de Paris. Atualmente, outros quatro pontos já estão liberados no rio Marne, principal afluente do Sena.
