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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (6) que existem “boas chances” de um acordo com o grupo Hamas para a libertação de reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza. A declaração foi feita na véspera de sua reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, marcada para esta segunda-feira em Washington.
“Creio que há boas possibilidades de que cheguemos a um acordo com o Hamas durante esta semana”, disse Trump, que tem buscado retomar protagonismo nas negociações para encerrar os confrontos no enclave palestino.
Netanyahu espera avanços com apoio dos EUA
Antes de embarcar rumo aos Estados Unidos, Netanyahu declarou que espera que a reunião com Trump contribua para um avanço nas negociações por um cessar-fogo. O premiê israelense informou ter enviado uma equipe de negociadores a Doha, no Catar, com “instruções claras” para discutir os termos do acordo de trégua com o Hamas, por meio de mediação indireta.
“Estamos trabalhando para alcançar este acordo dentro das condições previamente acertadas”, afirmou Netanyahu. “A reunião com Trump certamente pode ajudar a avançar nesse entendimento, que todos esperamos.”
Apesar do otimismo, Netanyahu havia classificado como “inaceitáveis” as exigências apresentadas pelo Hamas em resposta a um esboço de cessar-fogo apoiado pelos EUA.
Negociações em curso no Catar
De acordo com um funcionário palestino ouvido pela agência AFP, as conversas indiretas entre Israel e Hamas já começaram em Doha. “As negociações se concentram nos mecanismos de implementação e na troca de reféns. As posições estão sendo transmitidas por mediadores”, disse.
Segundo fontes palestinas próximas ao processo, a proposta em discussão prevê uma trégua de 60 dias, durante a qual o Hamas libertaria 10 reféns vivos e entregaria os corpos de outros em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
O grupo extremista também teria exigido a reabertura da passagem de Rafah — fronteira entre Gaza e Egito — para evacuação de feridos, além de garantias contra a retomada dos combates durante o período de negociação e o restabelecimento do sistema de distribuição de ajuda humanitária liderado pela ONU.
Conflito se arrasta há quase dois anos
O conflito atual teve início em outubro de 2023, quando o Hamas realizou um ataque em território israelense, levando Israel a lançar uma ofensiva militar de larga escala contra Gaza. Desde então, foram negociadas apenas duas tréguas temporárias, ambas com troca de reféns por prisioneiros.
Dos 251 reféns sequestrados durante o ataque inicial, 49 permanecem em Gaza — incluindo 27 que, segundo o Exército de Israel, já estão mortos.
As tentativas recentes de chegar a uma nova trégua têm falhado, principalmente devido à exigência do Hamas por um cessar-fogo permanente, algo que Israel se recusa a aceitar.
(Com informações da AFP)
