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O furacão Melissa, um dos mais poderosos já registrados, causou a morte de pelo menos 28 pessoas na Jamaica, onde atingiu o território, segundo um novo balanço divulgado pelo primeiro-ministro Andrew Holness nas redes sociais.
“O governo jamaicano está profundamente entristecido ao confirmar 28 mortes relacionadas à passagem do furacão Melissa”, escreveu o dirigente no X neste sábado.
O número de vítimas pode aumentar. “Estão sendo verificadas outras informações que apontam para possíveis vítimas”, acrescentou Holness.
Melissa, que devastou regiões inteiras da Jamaica e provocou inundações em Haiti e Cuba, já causou cerca de 60 mortes durante sua trajetória de vários dias pelo Caribe no início da semana.
Diante da magnitude dos danos no oeste da Jamaica, “o secretário-geral [da ONU] destacou a importância da ajuda internacional”, segundo comunicado de seu porta-voz no domingo.
Antonio Guterres “faz um chamado à mobilização de recursos massivos para enfrentar as perdas e os danos causados pelo furacão”, continua o texto.
O Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF) da ONU destinou US$ 4 milhões para que suas “agências e parceiros possam reforçar rapidamente as operações humanitárias” na ilha caribenha, segundo o comunicado.
O furacão Melissa foi o mais poderoso a atingir terra em 90 anos ao atingir a Jamaica na terça-feira na categoria 5, a mais alta da escala Saffir-Simpson, com ventos de aproximadamente 300 km/h.
O impacto econômico na Jamaica é devastador. De acordo com o especialista Chuck Watson, da Enki Research, citado pela Bloomberg, “as estimativas atuais giram em torno de US$ 7,7 bilhões, aproximadamente 35% do PIB da ilha”. O custo associado a Melissa supera amplamente os danos causados pelo furacão Gilbert em 1988.
A resposta internacional e local à emergência já foi acionada. O Departamento de Estado dos Estados Unidos informou, segundo a Bloomberg, que seu pessoal de emergência já viaja para a Jamaica, Haiti e Bahamas para colaborar na gestão da catástrofe e na distribuição de ajuda humanitária, incluindo alimentos, água e suprimentos de abrigo. O Reino Unido anunciou o envio de um navio da Marinha Real e equipes de resposta rápida, comprometidos a oferecer “apoio total” à Jamaica, nas palavras do primeiro-ministro Keir Starmer. Empresas e organizações privadas também têm colaborado: a Starlink, de Elon Musk, fornece comunicações via satélite às populações isoladas na Jamaica.
Watson explicou que a magnitude das perdas se deve principalmente à lentidão do deslocamento e à umidade excepcional do ciclone, que provocou destruição em massa de casas e edifícios, além da interrupção prolongada de serviços básicos e do transporte.
Em Cuba, onde Melissa chegou como categoria 3 na quarta-feira passada, ainda não há balanços oficiais, embora se estime que milhões de pessoas tenham sido afetadas por apagões, danos em residências e infraestrutura, cortes de estradas e problemas de comunicação.
Está previsto o envio de hospitais de campanha com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a colaboração de países como Espanha, Canadá e Índia, informou o ministro da Saúde cubano.
Melissa é o décimo terceiro ciclone da temporada atlântica de 2025, somando-se a furacões como Erin, Gabrielle, Humberto e Imelda, e tempestades como Andrea, Barry, Chantal, Dexter, Fernand, Jerry, Karen e Lorenzo. Dentre eles, apenas Chantal atingiu os EUA, em julho, deixando duas mortes na Carolina do Norte.
(Com informações da AFP)