O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi denunciado nesta quinta-feira (11) à OMS (Organização Mundial de Saúde), a ação se dá pelo não cumprimento das recomendações de autoridades internacionais no enfrentamento do novo coronavírus.
De acordo com o documento, está destacado a flexibilização da quarentena no pico da pandemia e os indícios de corrupção na compra de respiradores e na construção de hospitais de campanha.
A autora da denúncia foi a deputada estadual e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeira), pois segundo ela a medida tomada por Witzel foi “pouco responsável” e portanto se sentiu no dever de informar às organizações internacionais sobre o caso.
A parlamentar citou uma pesquisa científica realizada pela Coppe/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pela Faculdade de Medicina que aponta o pico da epidemia de coronavírus a partir de meados de junho, com um total de 71 mil infectados, orientando, portanto, medidas ainda mais restritivas.
A deputada estadual destacou ainda que os decretos de flexibilização ocorreram após Witzel ser alvo da Operação Placebo, que investiga indícios de irregularidades nas verbas da Saúde.
“A sólida evidência de corrupção nos contratos de tal relevância no momento em que vivemos uma pandemia levou vários setores a exigir o impeachment do governador. Inclusive, a base de apoio do presidente da República, que há muito pressionava o governo do Estado a relaxar as medidas restritivas adotadas para combater a covid-19. O que acabou acontecendo, efetivamente, esta semana. Por isso, o denunciamos. Afinal, a vida das pessoas não pode ser colocada em risco por pressão política”, explicou a deputada.