Fachin Judiciário
Nesta segunda-feira (24), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, disse que caso se conceda no “mínimo essencial” da democracia, “não haverá Judiciário amanhã”.
O alerta do ministro foi feito em encontro virtual com advogados de esquerda do grupo Prerrogativas.
“Temos todos uma zona de intersecção comum [que é] o mínimo essencial da democracia”, disse Fachin.
“E este não podemos em hipótese alguma conceder. Porque efetivamente, se concedermos, não haverá Judiciário amanhã. Haverá uma autoridade judiciária servil ao poder de ocasião. E certamente nós não nascemos para vivenciar ou admitir isso”.
O ministro do STF afirmou acreditar que dissensos são construtivos, mas é importante a existência de “vasos comunicantes” entre democratas.
Segundo o ministro, é preciso defender o sistema eleitoral e democrático.
Fachin afirmou estar preocupado com as eleições de 2022, diante do que considera investidas de um populismo autoritário. Ele presidirá o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a partir de fevereiro do próximo ano.