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Na manhã desta segunda-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou, em nota de pesar, a morte do economista, ex-ministro de Estado e ex-deputado federal Antônio Delfim Netto, aos 96 anos.
Lula disse ter feito críticas a Delfim “durante 30 anos”, mas “na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos”.
“Delfim participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período. Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes”, afirmou o presidente.
“Em um curto espaço de tempo, o Brasil perdeu duas referências do debate econômico no país: Delfim Netto e Maria da Conceição Tavares. Fica o legado do trabalho e pensamento dos dois, divergentes, mas ambos de grande inteligência e erudição, para ser debatido pelas futuras gerações de economistas e homens públicos”, completou o petista.
Reconhecido como professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Delfim Netto foi um dos ministros da Fazenda mais duradouros do Brasil, ocupando a posição de 1967 a 1974.
Além disso, ele serviu como ministro do Planejamento de 1979 a 1985, ministro da Agricultura em 1979 e embaixador do Brasil na França entre 1975 e 1977.
Mesmo após a redemocratização, Delfim Netto continuou sendo uma figura influente nos círculos econômicos e políticos.
Durante seu mandato como ministro do Planejamento, nos anos 1980, ele geriu a economia brasileira durante a segunda maior crise financeira mundial do século 20, desencadeada pelo choque nos preços do petróleo e pela alta dos juros nos Estados Unidos, que chegaram a quase 22% ao ano.
Com o fim do regime militar, Delfim Netto se candidatou à Câmara dos Deputados nas eleições de 1986.