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Em visita a Paris neste sábado (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende ligar diretamente para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caso ele não confirme presença na COP30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém (PA) em novembro.
“Vou ligar para ele e falar: ‘Ô, cara, a COP aqui no Brasil. Vamos discutir esse negócio. Os Estados Unidos são um país importante, muito rico, mas também polui muito ainda. Então, como é que ele não vai participar?’”, disse Lula em coletiva de imprensa na capital francesa.
Desde que Trump tomou posse, em janeiro deste ano, os dois líderes ainda não conversaram pessoalmente. Segundo Lula, a cúpula do G7, que ocorrerá ainda neste mês no Canadá, pode ser a primeira oportunidade para um encontro cara a cara. De forma bem-humorada, o presidente brasileiro comentou: “Vou lá antes que ele [o Canadá] seja anexado pelos Estados Unidos”, numa crítica velada às posturas expansionistas do republicano.
Durante a entrevista, Lula também fez críticas às políticas unilaterais adotadas por Trump, especialmente o aumento de tarifas sobre produtos importados. E destacou que a COP30 será uma chance importante para que grandes lideranças se comprometam com ações concretas contra as mudanças climáticas.
O petista defendeu a participação do presidente da China, Xi Jinping, na conferência no Brasil. “Eu acho que os grandes governantes do mundo, Xi Jinping, ele tem que participar dessas coisas para a gente poder colocar uma decisão”, afirmou.
Lula voltou a defender a reformulação da governança global e criticou a falta de mecanismos efetivos para fazer valer os acordos climáticos internacionais. “Se a gente não tiver uma governança mundial mais representativa, com poder de decisão e com poder inclusive de fiscalizar o cumprimento das nossas decisões, nada vai acontecer”, declarou.
Segundo ele, a COP30 deve marcar um novo momento na agenda ambiental internacional. “Eu acho que nós estamos tentando criar as condições de mudar de paradigma da discussão da questão climática. Dá um pouco mais de seriedade, um pouco mais de compromisso”, completou.
