Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Durante a abertura da 17ª Cúpula dos Brics, neste domingo (6), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o mundo vive novamente sob o risco de uma catástrofe nuclear e defendeu uma atuação mais ativa do grupo diante de conflitos globais. “O temor de uma catástrofe nuclear voltou ao cotidiano. As violações recorrentes da integridade territorial dos Estados, em detrimento de soluções negociadas, solapam os esforços de não-proliferação de armas atômicas”, declarou Lula. O presidente disse que o Brics — grupo formado atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã — tem potencial para atuar como mediador em crises internacionais. “Sua representatividade e diversidade o torna uma força capaz de promover a paz e de prevenir e mediar conflitos”, disse.
Lula também criticou o atual modelo de governança global e defendeu mudanças no Conselho de Segurança da ONU. Segundo ele, o órgão precisa incluir novos membros da Ásia, África, América Latina e Caribe. “Adiar esse processo torna o mundo mais instável e perigoso. Cada dia que passamos com uma estrutura internacional arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade”, afirmou. O presidente ainda comentou sobre os desafios de priorizar soluções pacíficas: “É mais fácil investir na guerra do que na paz”.
Ao longo do domingo, os representantes dos países-membros devem discutir temas como saúde, fortalecimento do multilateralismo, economia, inteligência artificial e a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). A expectativa é que esses pontos estejam na declaração final do encontro. A China está representada pelo primeiro-ministro Li Qiang, já que o presidente Xi Jinping não compareceu ao evento. A Rússia, por sua vez, participa remotamente, e o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, está presente no Brasil. O presidente russo, Vladimir Putin, não veio ao país — ele é alvo de um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), por crimes relacionados à guerra na Ucrânia.
A presidência rotativa do Brics, atualmente sob responsabilidade do Brasil, é encarregada de organizar e financiar as atividades do grupo. O bloco não possui tratado constitutivo, orçamento fixo ou secretariado permanente. Além dos países-membros, o Brics mantém parcerias com outras nações, como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Nigéria. O jantar oficial da cúpula está previsto para a noite deste domingo, com a presença de autoridades e chefes de Estado.
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