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Hemocentros de todo o Brasil celebram nesta segunda-feira (25) o Dia Nacional do Doador de Sangue, data instituída há 60 anos em homenagem à Associação Brasileira de Doadores Voluntários de Sangue. A ocasião é estratégica para as instituições, já que o mês de novembro antecede o período de festas de fim de ano e férias, momentos em que os estoques de sangue tendem a diminuir, segundo o Ministério da Saúde.
O diretor-presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, destacou que a oferta de sangue pode cair após um aumento na demanda observado em novembro. Ele explicou que, com a proximidade de dezembro, há um crescimento no número de cirurgias eletivas de grande porte, uma vez que médicos e pacientes buscam realizar os procedimentos antes das férias. Essa dinâmica eleva a necessidade de sangue nos hospitais.
A situação é ainda mais preocupante para os estoques de sangue dos tipos O positivo e O negativo. Embora o grupo O positivo seja o mais comum, correspondendo a 36% da população, essa mesma proporção também reflete a demanda por transfusões desse tipo. Já o O negativo, por ser o doador universal, é mais raro e frequentemente registra estoques críticos. A maior rede de hemocentros do país, localizada em São Paulo, também enfrenta dificuldades similares.
No Hemocentro de Brasília, ações especiais estão sendo realizadas para reforçar as doações. Aproveitando a final da Copa Libertadores da América, marcada para o próximo sábado (30) entre Botafogo e Atlético Mineiro, as torcidas foram convidadas a participar de uma campanha de doação, promovendo uma competição solidária que beneficia pacientes em todo o país.
Cada doação pode ajudar até quatro pessoas, fornecendo hemocomponentes obtidos por processos como centrifugação e congelamento do sangue doado, além de hemoderivados produzidos a partir do plasma. Esse sangue é essencial para pacientes com câncer, doenças hematológicas, cirurgias de grande porte e emergências médicas.
Para facilitar a captação de doadores, o Ministério da Saúde lançou o aplicativo Hemovida, disponível nas lojas de apps e na plataforma Meu SUS Digital. A ferramenta oferece uma carteira virtual com informações pessoais, de saúde e histórico de doações, além de ser útil em situações de emergência.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que 3,5% da população doe sangue, mas no Brasil apenas 1,4% realiza doações, o equivalente a 14 doadores por mil habitantes. Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 quilos e apresentar índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 18,5. Menores de idade precisam de autorização dos responsáveis, enquanto idosos devem ter doado sangue ao menos uma vez antes dos 61 anos.
O Ministério da Saúde divulgou a lista de hemocentros em todos os estados para orientar doadores. Além do Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro, o Dia Mundial do Doador ocorre em 14 de junho. A doação, um ato voluntário e não remunerado, é segura e utiliza materiais descartáveis em todas as coletas.