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Uma pesquisa promissora divulgada nesta sexta-feira (24) sugere que milhares de mulheres nos estágios iniciais de câncer cervical podem reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença ao tomar a vacina contra o HPV. Os casos de câncer cervical no Reino Unido despencaram desde que adolescentes de 12 e 13 anos — tanto meninas quanto meninos — começaram a receber a vacina como proteção contra a doença.
Agora, cientistas holandeses descobriram que a vacina pode desempenhar um segundo papel crucial no combate ao câncer cervical. Eles acreditam que administrar uma dose às mulheres com células pré-cancerosas de alto risco pode impedir que essas células evoluam para uma doença invasiva e mortal. O estudo identificou que, em mais da metade das participantes que receberam a vacina, as células pré-cancerosas foram eliminadas. E após quase dois anos, nenhuma dessas participantes apresentou recorrência das células.
Segundo o tabloide britânico Daily Mail, atualmente, mulheres com essas células de risco são submetidas a uma cirurgia desconfortável chamada excisão em alça, que ‘raspa’ essas células do colo do útero. No entanto, a cirurgia envolve riscos, incluindo sangramentos, infecções e, em alguns casos, pode causar complicações em gestações, como partos prematuros.
Especialistas destacaram hoje que a vacina, considerada “uma das vacinas terapêuticas mais eficazes já desenvolvidas”, pode abrir caminho para um novo protocolo para mulheres, significando que elas não precisariam mais passar por esse procedimento invasivo. A Dra. Refika Yigit, ginecologista oncológica do Centro Médico da Universidade de Groningen, no norte da Holanda, que liderou o estudo, afirmou: “Pelo que sabemos, essa taxa de resposta torna a Vvax001 uma das vacinas terapêuticas mais eficazes para lesões CIN3 associadas ao HPV16 já relatadas”. Ela acrescentou que, se os resultados forem confirmados em um estudo maior, isso pode significar que “pelo menos metade das pacientes com células pré-cancerosas de alto risco poderiam evitar a cirurgia e todos os seus possíveis efeitos colaterais e complicações”.
