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As taxas de câncer anal vêm aumentando de forma significativa em várias partes do mundo, com um foco particular em mulheres acima de 65 anos. No Reino Unido, desde o início dos anos 1990, os casos de câncer anal aumentaram 77%, com cerca de 1.500 novos diagnósticos por ano. Um padrão semelhante foi observado nos Estados Unidos, onde a maior elevação foi registrada entre mulheres mais velhas.
De acordo com Ashley Robinson, autora principal do estudo, o aumento mais acentuado ocorreu entre mulheres brancas e hispânicas com mais de 65 anos – grupos que não eram tradicionalmente considerados de alto risco. “Embora as razões para essa tendência ainda não estejam totalmente claras, a maioria dessas mulheres estava além da idade recomendada para a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) quando ela se tornou amplamente disponível”, explicou Robinson. O HPV é responsável por cerca de 90% dos cânceres anais.
Em 2021, a taxa de câncer anal entre mulheres brancas acima de 65 anos atingiu 11,4 casos por 100.000 pessoas. Se essa tendência continuar, a incidência de câncer anal nesse grupo poderá dobrar em menos de 17 anos. Mulheres hispânicas da mesma faixa etária apresentaram a segunda maior taxa, com 7,5 casos por 100.000.
Os sintomas do câncer anal podem ser difíceis de identificar, uma vez que podem ser confundidos com condições mais comuns, como hemorroidas ou fissuras anais. Nos estágios iniciais, alguns pacientes podem não apresentar sintomas. No entanto, é importante ficar atento a sinais como:
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Sangramento pelo ânus
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Coceira e dor ao redor do ânus
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Pequenos caroços ao redor e dentro do ânus
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Liberação de muco pelo ânus
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Incontinência intestinal (dificuldade para controlar a evacuação)
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Aumento da frequência das evacuações e fezes mais líquidas
Fatores como a prática de sexo anal, ter mais de 75 anos, fumar, ter histórico de câncer de colo do útero, vaginal ou vulvar, e um sistema imunológico enfraquecido podem aumentar o risco de desenvolver câncer anal.
Embora não seja sempre possível prevenir o câncer anal, a vacinação contra o HPV continua sendo uma das formas mais eficazes de proteção, juntamente com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis.
