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Cigarros eletrônicos, especialmente os modelos tipo cápsula, se mostram mais viciantes do que chicletes de nicotina, dificultando que os usuários abandonem o hábito. É o que indica um estudo laboratorial de pequena escala, cujos resultados revelam que esses dispositivos aumentam a dependência de nicotina de forma mais eficaz do que os chicletes entre jovens adultos que já vaporizam regularmente.
Os pesquisadores descobriram que os cigarros eletrônicos foram mais eficientes em reduzir os desejos e sintomas de abstinência dos usuários. Além disso, os participantes relataram maior satisfação ao usar seus vapes do que ao mascar chicletes.
Potencial de dependência e atração para jovens
“Os cigarros eletrônicos atuais têm um grande potencial para provocar dependência em grupos que, de outra forma, seriam inexperientes com a nicotina”, afirmou em comunicado à imprensa a pesquisadora principal, Andrea Milstred, estudante de doutorado da Universidade de Virgínia Ocidental. “Isso frequentemente inclui adolescentes e jovens adultos”.
Para o estudo, publicado em 20 de maio na revista Nicotine and Tobacco Research, 16 jovens adultos acostumados a usar cigarros eletrônicos foram solicitados a se abster de nicotina durante a noite. Em seguida, cada participante utilizou seu próprio dispositivo de vapor ou mastigou chiclete de nicotina.
Em várias sessões, os participantes relataram o alívio proporcionado por fumar/vaporizar, mascar chiclete de nicotina ou mascar chiclete placebo (sem nicotina). “Os resultados demonstram que os cigarros eletrônicos do tipo cápsula dos participantes eram mais reforçadores do que os chicletes de nicotina, tanto ativos quanto placebo”, escreveram os pesquisadores.
Sais de nicotina e atratividade
O estudo aponta que o mesmo padrão de alívio proporcionado por cigarros eletrônicos já havia sido observado em cigarros de tabaco tradicionais, quando comparados a chicletes de nicotina.
Os pesquisadores observam que os sais de nicotina utilizados nos cigarros eletrônicos diminuem a aspereza e o amargor associados a concentrações mais altas de nicotina, em comparação com a nicotina de base livre. Pessoas mais jovens e não fumantes “podem ser mais atraídas por esse tipo de cigarro eletrônico devido ao seu design único, sabores agradáveis e a possibilidade de uso discreto”, concluíram os pesquisadores. “Eles também podem achar esses tipos de cigarros eletrônicos mais palatáveis, já que muitos contêm líquido com sais de nicotina”.
