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O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar o acesso a métodos contraceptivos e passará a oferecer o implante subdérmico para todas as mulheres em idade fértil de até 49 anos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (3) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como parte da estratégia da rede pública para ampliar a oferta de contraceptivos de longa duração.
“A nossa meta é distribuir 1,8 milhão de implantes até 2026, com 500 mil já previstos para este ano. O investimento será de R$ 245 milhões, uma medida importante para garantir que mais mulheres tenham acesso a uma forma de contracepção segura e eficaz”, afirmou Padilha.
Até então, o Implanon — como é chamado o dispositivo — era ofertado de forma restrita a determinados grupos, como mulheres vivendo com HIV/AIDS, pessoas privadas de liberdade, trabalhadoras do sexo e pacientes em tratamento com antibióticos como aminoglicosídeos, usados no combate à tuberculose.
Com a nova medida, aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) na última quarta-feira (28), o acesso será ampliado de forma significativa. No setor privado, o valor do implante varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, o que o torna inacessível para grande parte das mulheres em situação de vulnerabilidade.
A oficialização da medida será feita por meio de portaria a ser publicada pelo Ministério da Saúde nos próximos dias. A partir da publicação, o governo terá um prazo de até 180 dias para concluir a implementação. Esse processo inclui a atualização das diretrizes clínicas, capacitação de profissionais de saúde, aquisição e distribuição dos implantes.
O Implanon é um pequeno bastão de 4 centímetros de comprimento e 2 milímetros de diâmetro, inserido sob a pele do braço. Ele libera continuamente 68 mg de etonogestrel, hormônio que impede a ovulação e dificulta a passagem dos espermatozoides pelo colo do útero, prevenindo a gravidez.
Com eficácia superior a 99%, o método pode permanecer no corpo por até três anos. Além da alta taxa de sucesso, oferece mais comodidade, por ser discreto e não depender da lembrança diária, como ocorre com as pílulas anticoncepcionais.
Apesar de eficaz na prevenção da gravidez, o implante não protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis e hepatite B. Nestes casos, o uso do preservativo continua sendo recomendado.
