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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, confirmou nesta segunda-feira (3) que o governo americano firmou diversos acordos com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, para combater a imigração ilegal e a criminalidade na região. O presidente salvadorenho se comprometeu a aceitar criminosos norte-americanos em suas prisões e a repatriar migrantes ilegais violentos de qualquer país, incluindo membros de gangues como a MS-13 e o grupo venezuelano Tren de Aragua.
Em um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado, a porta-voz de Marco Rubio, Tammy Bruce, afirmou que os acordos visam enfrentar as “ondas de migração ilegal em massa”, que atualmente têm desestabilizado toda a região da América Central. O foco principal será a deportação de criminosos que já se encontram em solo estadunidense de forma ilegal.
Além disso, o governo de Bukele se comprometeu a manter em prisões salvadorenhas os “migrantes ilegais criminosos” de qualquer nacionalidade, com destaque para os integrantes das mencionadas gangues. A medida inclui também a recepção de criminosos perigosos dos EUA, o que foi considerado um “gesto extraordinário” pelas autoridades americanas. Bukele confirmou que parte do sistema penitenciário dos Estados Unidos será “externalizado” para El Salvador em troca de uma tarifa que, embora baixa para os EUA, será significativa para o país centro-americano.
Esse acordo pode resultar na descongelamento de ajuda norte-americana a El Salvador, mas essa assistência estará restrita às questões de segurança, com foco na detecção de viajantes suspeitos e na colaboração com as forças de segurança dos Estados Unidos.
O pacto também prevê a colaboração dos dois países para o desenvolvimento de energia nuclear em El Salvador, conforme anunciado após a reunião entre Rubio e Bukele, que foi classificada como “tremendamente bem-sucedida” pelas autoridades americanas.
O acordo segue um contexto de estreitamento das relações entre os dois países, com um histórico de pactos anteriores, como os acordos de 2019, que permitiram a deportação de migrantes para Guatemala, Honduras e El Salvador, se estes não solicitassem asilo nos países de trânsito.
