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Após mais de um mês internada, Cleuza Maria de Jesus, aposentada de 78 anos, morreu na manhã desta terça-feira (27) devido a complicações causadas por uma grave intoxicação alimentar. A idosa foi hospitalizada em 22 de abril, após consumir uma torta de frango comprada em uma padaria no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
A torta e uma empada, adquiridas pela sobrinha de Cleuza, Fernanda Isabella de Morais Nogueira, e pelo namorado dela, foram consumidas na noite de 21 de abril. Eles perceberam um gosto estranho e azedo nos alimentos e devolveram o que restou ao estabelecimento. Horas depois, ambos apresentaram sintomas graves de intoxicação e foram internados em Sete Lagoas, sendo transferidos posteriormente para um hospital particular em Belo Horizonte, onde permaneceram internados por semanas.
Cleuza inicialmente não apresentou sintomas, mas sofreu uma parada respiratória no dia seguinte ao consumo dos alimentos e precisou ser reanimada pelo filho antes de ser hospitalizada. Ela ficou internada até esta terça-feira, quando veio a falecer.
Desde 23 de abril, a padaria está interditada pela Vigilância Sanitária, que constatou diversas irregularidades, incluindo a falta de alvará sanitário e problemas graves de higiene e estrutura. Segundo a prefeitura, o estabelecimento sequer havia iniciado o processo de regularização.
A suspeita inicial era de botulismo, intoxicação causada por toxinas bacterianas, mas exames do Instituto Adolfo Lutz deram resultado negativo para essa doença. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais solicitou análises complementares para identificar outras possíveis toxinas ou agentes causadores.
Familiares das vítimas, porém, não aceitam a conclusão negativa para botulismo. Segundo uma parente, os médicos que acompanharam o casal afirmaram com certeza que se tratava dessa intoxicação, alertando que os exames apresentam alta taxa de falso negativo.
A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando o caso e aguarda a conclusão dos laudos periciais para definir a causa da intoxicação. O prazo pode ser estendido conforme a complexidade do caso.
O padeiro responsável pela torta, contratado havia apenas seis dias, se apresentou espontaneamente à polícia após a interdição da padaria, negou envolvimento criminoso e foi liberado. Ele apontou as condições precárias de higiene e armazenamento no local como possíveis causas da contaminação. O dono da padaria acusou o padeiro, mas não apresentou provas.
Até o momento, não há informações sobre velório ou sepultamento de Cleuza Maria de Jesus.
