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A inflação oficial de preços aos consumidores no Brasil manteve a recente trajetória de alta e abriu o segundo semestre com um salto de 0,96% no mês de julho. Se trata da maior variação percentual para o mês desde 2002 (1,19%).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a movimentação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 8,99% nos 12 meses finalizados em julho, resultado que mantém o indicador acima ao teto da meta estabelecida para a inflação neste ano, de 5,25%.
Mais uma vez, o salto do índice de preços foi puxado pela alta da energia elétrica (7,88%), que acelerou em relação ao mês anterior (1,95%) e registrou o maior impacto individual no índice no mês passado.
O resultado também é consequência dos reajustes tarifários de 11,38% em São Paulo, de 8,97% em Curitiba, e de 9,08% em uma das concessionárias de Porto Alegre.
A 2ª maior contribuição do mês veio dos transportes (1,52%), puxados pelas passagens aéreas, cujos preços subiram 35,22% depois da queda 5,57% em junho. Os preços dos combustíveis (1,24%) também aceleraram em relação a junho, com a alta de 1,55% da gasolina, contribuindo com o terceiro impacto individual no índice do mês.
Os preços de alimentos e bebidas subiram 0,6% e também ficou acima do registrado em junho (0,43%). A alta foi guiada pelo avanço de 0,78% no valor da alimentação no domicílio.
A alta foi guiada, principalmente, por conta das altas do tomate (18,65%), do frango em pedaços (4,28%), do leite longa vida (3,71%) e das carnes (0,77%). Por outro lado, a cebola (-13,51%), a batata-inglesa (-12,03%) e o arroz (-2,35%) ficaram mais baratos em relação ao mês de junho.
Na alimentação fora do domicílio, a alta de 0,14% dos preços corresponde a uma desaceleração em relação a junho (0,66%), influenciada pelo lanche (0,16%) e a refeição (0,04%), cujos preços haviam subido 0,24% e 0,85% no mês anterior, respectivamente.