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Nos próximos dias, o parlamento da Finlândia discute se deve ou não pedir para entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os deputados analisam um relatório feito pelo governo sobre as implicações da entrada na aliança militar.
O relatório finlandês não recomenda uma decisão específica do parlamento, mas orienta sobre os riscos para país se ele não tiver proteção assegurada. Esse debate ganhou força após a Rússia invadir a Ucrânia em fevereiro.
Essa proposta ganhou apoio público dos finlandeses. Pela 1ª vez, a maioria (53%) dos finlandeses apoia a adesão à Otan, segundo uma pesquisa feita em fevereiro. O número de partidários da adesão quase dobrou em poucas semanas, pois em janeiro era de apenas 28%.
A Finlândia, assim como sua vizinha, a Suécia, não é membro da Otan, mas colabora com a aliança participando inclusive de exercícios militares conjuntos. O país divide mais de 1,3 km de fronteira com a Rússia. Além de ter mais de um terço da sua população adulta entre os reservistas das Forças Armadas.
A Finlândia construiu uma rede de túneis e verdadeiras “cidades subterrâneas” que estão preparadas para abrigar civis em meio a bombardeios.
Recentemente, a Rússia subiu o tom contra a Finlândia e a Suécia e prometeu represálias caso os dois países decidissem entrar na Otan. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, afirmou que os dois países enfrentarão “as consequências mais indesejadas” se ingressarem na aliança militar.