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O Banco Central (BC) revisou para cima sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, passando de 2,3% para 3,2%. A atualização foi divulgada no relatório de inflação trimestral do BC nesta quinta-feira (26).
O aumento no consumo das famílias e nos investimentos produtivos foram os principais fatores que contribuíram para essa alteração no indicador econômico.
O BC ressalta que o crescimento no consumo das famílias e nos investimentos, bem como nos setores mais cíclicos da economia, já era observado nos trimestres anteriores deste ano. De acordo com o relatório, o PIB cresceu de forma surpreendente no segundo trimestre de 2024. “A atividade econômica brasileira continua a mostrar dinamismo, levando a uma nova rodada de revisões para cima das projeções de crescimento do ano”, afirmou a autoridade monetária.
O crescimento “robusto” da economia no segundo trimestre foi um dos fatores que impulsionaram o índice positivo. O aumento de 3,3% em relação ao segundo trimestre de 2023 superou amplamente as expectativas, que na ocasião do relatório anterior, estimavam uma mediana de 1,6%, conforme os dados do relatório Focus.
Por outro lado, a expectativa de inflação para 2024 também apresentou alta, subindo de 3,96% para 4,31%, embora ainda abaixo dos 4,37% previstos pelo Focus. O BC atribui essa elevação, em parte, ao impacto da crise climática, que encareceu produtos agrícolas e bens industriais.
As dificuldades de produção decorrentes da seca em várias regiões do país devem manter a pressão inflacionária. O relatório alerta que a seca “pode atrasar o plantio da safra de verão, comprometendo o cultivo da safra de inverno no período ideal”. Além disso, o cenário de seca e calor pode levar ao aumento das tarifas de energia, contribuindo ainda mais para a inflação, uma vez que as chuvas abaixo do padrão e as temperaturas elevadas também afetam as tarifas.