Um perfil criado no Twitter intitulado ‘Parem As Máquinas’ descreveu o ambiente da redação do jornal de esquerda The Intercept Brasil. Segundo a conta, os profissionais são tratados como no “Estadão, Folha e O Globo”.
Eis o texto publicado pela conta no Twitter:
Quem lê acredita que seja o bastião do jornalismo progressista. Mas dentro da redação os profissionais são tratados como no @estadao, @folha e o @JornalOGlobo
com os mesmos e recorrentes abusos. Vamos contar o que vem acontecendo dentro da redação do @TheInterceptBr
No @TheInterceptBr a relação trabalhista com os jornalistas não são boas, há denúncias de abuso moral, sexual, misoginia e outras. Há diferenças salariais entre gêneros, negros e brancos. Os homens chegam a ganhar até 3 vezes mais que as mulheres ocupando a mesma função.
Condutas diferentes são notadas na efetivação de estagiários negros e brancos e até na escolha do vínculo empregatício (CLT ou PJ) há uma demanda racial. As jornalistas são boicotadas e obrigadas a assinarem reportagens com os homens, mesmo que estes não tenham feito nada.
Mulheres negras tem e tiveram seus salários congelados por anos. Havia um jornalista no cargo de chefia, que ignorava as mulheres, desprezando o trabalho. Mesmo denunciado pelo comportamento misógino ao editor executivo se manteve na empresa por um bom tempo.
A discriminação racial e de gênero chegou a tal ponto que todos e todas jornalistas criaram um comitê de igualdade, que raramente tem a presença de @demori nas reuniões. Sem resultado, as mulheres criaram um grupo para se defender das “artimanhas” masculinas.
É comum o tom de voz ser alterado com as jornalistas, além das interrupções continuas em suas falas e piadas de cunho sexual são rotineiras vindas da direção. A diversidade racial é utópica no @TheInterceptBr , existiu um processo para contratar uma pessoa negra…
que durou mais um ano e no fim contrataram uma pessoa fora dos perfil desejado. Os abusos morais eram e são sequenciais, como críticas infundadas, péssima relação pessoal dos chefes com os subordinados e até coações. Três repórteres eram boicotados nitidamente.
Cansados da perseguição, dois repórteres conseguiram uma reunião on-line com a sede do Intercept nos EUA. Entre os participantes da conferencia, @demori ,@AndrewDFish e @ruben_berta e uma outra jornalista, os últimos citados queriam denunciar o que sofriam.