A Polícia Federal (PF) diz ter identificado indícios de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e associação criminosa por parte de funcionários da Precisa Medicamentos que participaram das negociações para a venda da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde.
A corporação também encontrou indícios de lavagem de dinheiro por parte dos responsáveis pelo FIB Bank –empresa que deu a garantia financeira para a assinatura do contrato.
De acordo com a PF, o FIB Bank não é um banco nem uma seguradora e, por isso, não teria autorização legal para fornecer garantia financeira.
Na semana passada, a CGU (Controladoria Geral da União) e a PF (Polícia Federal) cumpriram 11 mandados de busca e apreensão na Operação Imprecisão, que apura indícios de crimes praticados no processo de contratação para aquisição da Covaxin.
O trabalho contou com a participação de 8 servidores da CGU e de 50 policiais federais. A apuração identificou que a Precisa Medicamentos apresentou documentos falsos ao Ministério da Saúde e à CGU.
Além disso, a investigação descobriu uma carta fiança irregular pelo FIB Bank, que não tem autorização para funcionamento pelo Banco Central, além de outros indícios de fraude nas assinaturas e documentos constitutivos da empresa.
Ainda de acordo com as investigações, as cartas de fiança inidôneas apresentadas para o Ministério da Saúde e diversos outros órgãos públicos federais, estaduais e municipais podem alcançar mais de R$ 500 milhões.