O procurador-geral da República, Augusto Aras, e membros do Ministério Público Federal (MPF) irão no domingo (19) a Tabatinga, no Amazonas, acompanhar os desdobramentos da investigação sobre o assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
Fazem parte da comitiva os coordenadores das câmaras de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais e Criminal do MPF, Eliana Torelly e Carlos Frederico, respectivamente, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, além de outros integrantes do alto escalão do órgão.
Segundo informe da PGR, o objetivo é debater medidas e ações de restruturação da atuação institucional na região amazônica, bem como ampliar a articulação do MPF com outros órgãos públicos com vistas ao combate à criminalidade e ao enfrentamento de violações aos direitos indígenas, direitos humanos e outros crimes registrados na região.
A previsão é que Aras participe de reunião com membros do MPF lotados em Tabatinga, com representantes do Exército, Polícia Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai) e outras instituições.
O PGR e os demais integrantes do MPF também vão conversar com as autoridades responsáveis pela investigação do assassinato de Pereira e Phillips, para acompanhar os desdobramentos do caso. Após os encontros, eles devem fazer uma declaração à imprensa.
Mais cedo, a Polícia Federal (PF) divulgou um laudo confirmando que uma das arcadas dentárias periciadas é do indigenista Bruno Pereira, desaparecido no Vale do Javari desde o dia 5 de junho.
Na sexta-feira (17), os policiais confirmaram que uma outra arcada pertencia ao jornalista britânico Dom Phillips. Segundo a nota da PF, os dois foram baleados. Bruno levou dois tiros na cabeça e um no peito; Dom levou um tiro no peito.