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O Brasil registrou um aumento de 13,2% nas mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ em 2024, comparado ao ano anterior. O número de homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas fatais subiu para 291 casos, 34 a mais do que em 2023, quando o país registrou 257 mortes. Os dados são do Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), organização não governamental pioneira na América Latina, que realiza este levantamento há 45 anos.
A Bahia, segundo estado com maior número de mortes violentas contra a comunidade LGBTQIAPN+, é responsável por mais de 10,65% dos casos registrados no Brasil. A pesquisa do GGB expõe um cenário alarmante de violência e discriminação, exigindo urgentes medidas para proteger os direitos e a vida das pessoas LGBTQIAPN+ no país.
De acordo com o levantamento, a comunidade gay foi a mais afetada, com 165 vítimas, seguida por travestis e mulheres transgêneros (96), lésbicas (11), bissexuais (7) e homens trans (6). Além disso, outras seis vítimas declaradas heterossexuais foram incluídas no levantamento, sendo mortas por engano ou por tentarem defender membros da comunidade.
As regiões Nordeste e Sudeste foram as mais impactadas, com 99 mortes em cada uma. O levantamento também revela que os métodos de assassinato mais comuns foram a utilização de armas brancas (65 casos), armas de fogo (63 casos) e espancamento (32 casos).
Ranking dos Estados
São Paulo, Bahia e Mato Grosso lideram com os maiores números de casos. Confira o ranking completo abaixo:
- São Paulo: 53
- Bahia: 31
- Mato Grosso: 24
- Minas Gerais: 22
- Pará: 16
- Pernambuco: 15
- Rio de Janeiro: 15
- Alagoas: 13
- Ceará: 11
- Maranhão: 10
- Paraná: 10
- Amazonas: 8
- Goiás: 8
- Espírito Santo: 7
- Mato Grosso do Sul: 7
- Piauí: 6
- Distrito Federal: 5
- Paraíba: 5
- Sergipe: 4
- Rio Grande do Sul: 4
- Santa Catarina: 4
- Tocantins: 4
- Rondônia: 3
- Amapá: 2
- Rio Grande do Norte: 2
- Acre: 1
- Roraima: 1
Capitais Mais Perigosas
Salvador é a capital mais perigosa para a comunidade LGBTQIAPN+, seguida por São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG). Confira o ranking completo:
- Salvador (BA): 14
- São Paulo (SP): 13
- Belo Horizonte (MG): 7
- Maceió (AL): 7
- Fortaleza (CE): 6
- Manaus (AM): 6
- Rio de Janeiro (RJ): 6
- Campo Grande (MS): 5
- Cuiabá (MT): 5
- Goiânia (GO): 5
- Teresina (PI): 5
- Recife (PE): 4
- Aracaju (SE): 2
- Brasília (DF): 2
- Curitiba (PR): 2
Perfil das Vítimas
O perfil das vítimas indica que, entre os mortos, a maioria se identificava como branca (115 casos), seguida por pessoas de cor não identificada (97) e pretas e pardas (79). A faixa etária mais atingida foi a de 26 a 35 anos, com 66 vítimas, seguida pelos grupos de 36 a 45 anos (52 casos) e 19 a 25 anos (43 casos).
Profissionais como professores, cabeleireiros e técnicos de enfermagem estavam entre as profissões mais frequentes entre os gays mortos, enquanto entre as travestis e mulheres trans, as profissionais do sexo predominavam, seguidas por ativistas e cantoras.
