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A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando um grupo suspeito de comercializar dados sigilosos de cidadãos, autoridades e órgãos do governo. A investigação é conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos e já resultou em prisões nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Até agora, três pessoas foram detidas.
A investigação revelou que aproximadamente 40 mil usuários tiveram acesso a uma plataforma ilegal, pagando cerca de R$ 100 para acessar as informações. A chamada Operação Darkspot localizou os administradores dessa plataforma em uma praia privativa no litoral de Santa Catarina. O estilo de vida que levavam era incompatível com a renda declarada, levantando suspeitas sobre suas atividades financeiras.
O grupo vendia dados de autoridades públicas dos Três Poderes, além de membros do Ministério Público. Atuavam num esquema sofisticado através de uma plataforma chamada Max Buscas, que contava com mais de 70 painéis de pesquisa contendo dados de pessoas físicas e jurídicas. A plataforma possuía uma estrutura organizada hierarquicamente, incluindo administradores, fornecedores, revendedores, prepostos e clientes.
Os investigados serão indiciados por associação criminosa, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivo informático. Se condenados, podem enfrentar penas que somam até 17 anos de prisão, além de multas. Durante a operação, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão, confiscando equipamentos eletrônicos, documentos, veículos de luxo e R$ 108 mil em espécie. A justiça determinou também o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros dos membros do grupo, assim como a suspensão da plataforma e o bloqueio dos seus domínios na internet.
