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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou nesta sexta-feira (23) um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o adiamento das audiências de testemunhas no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Os advogados alegam que ainda não conseguiram acessar adequadamente as provas reunidas pela Polícia Federal, que somam mais de 40 terabytes de dados.
“O mero envio de links não se confunde com a efetiva disponibilização do material em questão”, afirma o documento encaminhado ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. A petição argumenta que o acesso depende de etapas como o download e a descompactação dos arquivos, além de mencionar a dificuldade para localizar informações específicas no que chamam de um “labirinto” de dados.
A defesa também relata problemas técnicos, como a ausência de senhas para acessar determinados conteúdos e a complexidade para navegar pelos arquivos disponibilizados fora dos autos principais.
Os advogados afirmam que a disponibilização das provas pela PF só teria começado pouco antes do início das audiências, em 14 de maio, o que comprometeria o direito à ampla defesa.
Desde o começo das oitivas, a equipe jurídica de Bolsonaro tem reiteradamente solicitado o adiamento das audiências, com base nesse mesmo argumento de acesso incompleto às provas.
O ex-presidente se tornou réu no processo que investiga uma trama golpista, e responde por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
